sexta-feira, 21 de outubro de 2016

DPAC

Principais sintomas que podem ser percebidos na criança com DPAC:

➡ Dificuldade de memorização em atividades diárias;
➡ Dificuldades acadêmicas para ler e escrever;
➡ Fadiga atencional em aulas ou palestras;
➡ Troca de letras na fala ou escrita;
➡ Demora em compreender o que foi dito;
➡ Dificuldades em compreender informações em ambientes ruidosos;
➡Desatenção e distração;
➡Solicita repetição constante da informação;
➡ Agitação;
➡ Dificuldade para entender conceitos abstratos ou duplo sentido;
➡ Dificuldade para executar tarefas que lhe foram solicitadas;

O DPAC é caracterizado por afetar as vias centrais da audição, ou seja, as áreas do cérebro relacionadas às habilidades auditivas responsáveis por um conjunto de processos que vão da detecção à interpretação das informações sonoras. Na maior parte dos casos, o sistema auditivo periférico (tímpano, ossículos, cóclea e nervo auditivo) encontra-se totalmente preservado. A principal consequência do distúrbio está na dificuldade de processamento das informações captadas pelas vias auditivas. Assim, a pessoa ouvirá claramente a fala humana, mas terá dificuldades em interpretar a mensagem recebida.
LEIA a matéria completa em: http://www.adap.org.br/site/index.php/artigos/161-conheca-o-dpac-disturbio-do-processamento-auditivo-central
By Síndrome de Asperger e comorbidades

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Conversa proveitosa...

Hoje à tarde estive na Câmara Municipal de Canoas conversando com o Vereador Alexandre Gonçalves sobre projetos a serem implantados em nossa cidade. Muito em breve teremos novidades que beneficiarão os autistas e suas famílias! !!
Obrigada vereador pela acolhida e o bate papo proveitoso.

sábado, 9 de janeiro de 2016

Um sonho....

Muitas vezes me pego pensando na ingenuidade das pessoas com TEA ou algum outro tipo de transtorno.
  O mundo para eles tem um colorido especial,  com nuances que não percebemos ou perdemos o poder de registrar...
  A vida tem outro sentido...outros gostos. Tudo gira em torno de seus centros de interesses...seus sonhos!  Como se tudo fosse possível ou fácil de realizar...
  Agora ouço os seus pedidos e penso que antes (quando era pequena) , eram mais acessíveis.  E meu coração de mãe, gostaria de concretizar.  Sei que alguns são impossíveis de realizar, mas o que me comove é a sua ingênua crença de que mãe pode tudo....e de tudo é capaz! Para ela, que não percebe o real valor das coisas. .. É tudo tão fácil. .
O dinheiro não é importante pois não percebe sua dimensão em um mundo capitalista...a fama também!  É como se num abrir belo fechar de olhos, pudesse esticar seus braços e tocar o rosto do seu ídolo ( e de tantas meninas) Luan Santana!
Muitas vezes...antes de dormir ela diz que vai para o Rio de Janeiro encontrá-lo. ..assim tao banal...Como se fosse até a padaria.
  Digo que para fazer tudo o que sonha é necessário "um dinheirão"...e ela me pergunta: De que tamanho , mãe?
   Doce alienação. ..tudo pode ser possível. ..uma casinha em cima da outra (2 andares), bem pequenina. ..e na praia! Ir no Rio para ver e tocar o Luan Santana!
  Simples, não?
  E o meu coração que não tem super poderes faz o quê?
  Simplesmente diz..."ainda não chegou a hora".....

sábado, 26 de dezembro de 2015

DISTÚRBIO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL

Artur Nogueira-SP
  Você escuta, mas não entende? Conheça o Distúrbio de Processamento Auditivo Central

Atrasado, preguiçoso, distraído, desinteressado, manhoso são alguns adjetivos atribuídos a quem pode ter o DPAC, Distúrbio de Processamento Auditivo Central. Neste distúrbio a pessoa com audição normal detecta os sons, mas não interpreta as informações. Esta dificuldade na infância pode trazer prejuízos tanto social como de aprendizagem porque a criança não entende o que o professor fala, não sendo capaz de escrever, interpretar textos e compreender o enunciado do problema. Os sintomas de DPAC, podem variar e ter diferentes formas de manifestação em crianças ou adultos. Confira se você ou alguém que conheça apresenta alguns desses sinais e sintomas: – É muito distraído ou desatento? – Muito agitado ou muito quieto? – Demora em escutar ou entender quando chamada sua atenção? – Fala muito “Hã?”, “O que?”, ou “Não entendi!”? – Problema de memória? – Tem dificuldade para entender o que está sendo falado quando em ambientes ruidosos ou em grupos? – Há cansaço ou atenção curta para sons em geral? – Apresenta dificuldade de localizar o som? -Tem dificuldade em contar um fato ou história? – Possui dificuldade em seguir uma sequência de tarefas que lhe foi falada? – Tem dificuldades em entender piadas ou palavras de duplo sentido? – Dificuldade em compreender o que lê? – Problemas de produção de fala envolvendo as letras “L” e “R”. – Inversão de letras e problemas de orientação direita e esquerda? – Desempenho escolar inferior na leitura, gramática, ortografia e matemática? – Em geral, aparenta, ás vezes, ouvir bem, ás vezes não. Se você assinalou mais de uma alternativa, você pode ter um Distúrbio do Processamento Auditivo Central.  O que é Processamento Auditivo Central? É a capacidade de analisar ou interpretar informações que nos chegam através da audição e compreender a mensagem. Esta capacidade depende do bom funcionamento das áreas auditivas do córtex cerebral e dos caminhos que conduzem o som até estas áreas.
O que pode causar o DPAC: As principais causas são: Problemas durante a gestação e o nascimento. Otites frequentes durante os primeiros anos de vida. Falta de estimulação auditiva durante a primeira infância.
Hereditariedade. Diagnóstico
É necessário fazer uma avaliação completa da audição com o otorrinolaringologista e o fonoaudiólogo, incluindo a avaliação do processamento com testes especiais e assim fazer o diagnóstico diferencial de outras alterações como dislexia, transtorno de déficit de atenção.
Tratamento
O tratamento consiste em um programa de reabilitação fonoaudiológica através de treino e exercícios específicos para desenvolver as habilidades que estão prejudicadas após a realização do exame. Este distúrbio ainda é pouco conhecido, mas traz sérias dificuldades de aprendizagem e socialização que podem ser melhoradas com o tratamento adequado. Consulte um fonoaudiólogo para maiores esclarecimentos. ……………….
Elaine de Faveri é Fonoaudióloga, formada pela PUCCAMP em 1997.  Especialista em Motricidade

sexta-feira, 31 de julho de 2015

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL OU ATRASO COGNITIVO???


1. O que é Deficiência Intelectual ou atraso cognitivo?

Deficiência intelectual ou atraso cognitivo é um termo que se usa quando uma pessoa apresenta certas limitações no seu funcionamento mental e no desempenho de tarefas como as de comunicação, cuidado pessoal e de relacionamento social.
Estas limitações provocam uma maior lentidão na aprendizagem e no desenvolvimento dessas pessoas.
As crianças com atraso cognitivo podem precisar de mais tempo para aprender a falar, a caminhar e a aprender as competências necessárias para cuidar de si, tal como vestir-se ou comer com autonomia. É natural que enfrentem dificuldades na escola. No entanto aprenderão, mas necessitarão de mais tempo. É possível que algumas crianças não consigam aprender algumas coisas como qualquer pessoa que também não consegue aprender tudo.
2. Quais são as causas da Deficiência Intelectual ou Atraso Cognitivo?

Os investigadores encontraram muitas causas da deficiência intelectual, as mais comuns são:
Condições genéticas: Por vezes, o atraso mental é causado por genes anormais herdados dos pais, por erros ou acidentes produzidos na altura em que os genes se combinam uns com os outros, ou ainda por outras razões de natureza genética. Alguns exemplos de condições genéticas propiciadoras do desenvolvimento de uma deficiência intelectual incluem a síndrome de Down ou a fenilcetonúria.
Problemas durante a gravidez: O atraso cognitivo pode resultar de um desenvolvimento inapropriado do embrião ou do feto durante a gravidez. Por exemplo, pode acontecer que, a quando da divisão das células, surjam problemas que afetem o desenvolvimento da criança. Uma mulher alcoólica ou que contraia uma infecção durante a gravidez, como a rubéola, por exemplo, pode também ter uma criança com problemas de desenvolvimento mental.
Problemas ao nascer: Se o bebê tem problemas durante o parto, como, por exemplo, se não recebe oxigênio suficiente, pode também acontecer que venha a ter problemas de desenvolvimento mental.
Problemas de saúde: Algumas doenças, como o sarampo ou a meningite podem estar na origem de uma deficiência mental, sobretudo se não forem tomados todos os cuidados de saúde necessários. A mal nutrição extrema ou a exposição a venenos como o mercúrio ou o chumbo podem também originar problemas graves para o desenvolvimento mental das crianças.
Nenhuma destas causas produz, por si só, uma deficiência intelectual. No entanto, constituem riscos, uns mais sérios outros menos, que convém evitar tanto quanto possível. Por exemplo, uma doença como a meningite não provoca forçosamente um atraso intelectual; o consumo excessivo de álcool durante a gravidez também não; todavia, constituem riscos demasiados graves para que não se procure todos os cuidados de saúde necessários para combater a doença, ou para que não se evite o consumo de álcool durante a gravidez.
O atraso cognitivo não é uma doença mental (sofrimento psíquico), como a depressão, esquizofrenia, por exemplo. Não sendo uma doença, também não faz sentido procurar ou esperar uma cura para a deficiência intelectual.
A grande maioria das crianças com deficiência intelectual consegue aprender a fazer muitas coisas úteis para a sua família, escola, sociedade e todas elas aprendem algo para sua utilidade e bem-estar da comunidade em que vivem. Para isso precisam, em regra, de mais tempo e de apoios para lograrem sucesso.

 3. Como se diagnostica a Deficiência Intelectual ou Atraso Cognitivo?

A deficiência intelectual ou atraso cognitivo diagnostica-se, observando duas coisas:
A capacidade do cérebro da pessoa para aprender, pensar, resolver problemas, encontrar um sentido do mundo, uma inteligência do mundo que as rodeia (a esta capacidade chama-se funcionamento cognitivo ou funcionamento intelectual)
A competência necessária para viver com autonomia e independência na comunidade em que se insere (a esta competência também se chama comportamento adaptativo ou funcionamento adaptativo).
Enquanto o diagnóstico do funcionamento cognitivo é normalmente realizado por técnicos devidamente habilitados (psicólogos, neurologistas, fonoaudiólogos, etc.), já o funcionamento adaptativo deve ser objeto de observação e análise por parte da família, dos pais e dos educadores que convivem com a criança.
Para obter dados a respeito do comportamento adaptativo deve procurar saber-se o que a criança consegue fazer em comparação com crianças da mesma idade cronológica.
Certas competências são muito importantes para a organização desse comportamento adaptativo:
As competências de vida diária, como vestir-se, tomar banho, comer.
As competências de comunicação, como compreender o que se diz e saber responder.
As competências sociais com os colegas, com os membros da família e com outros adultos e crianças.
Para diagnosticar a Deficiência Intelectual, os profissionais estudam as capacidades mentais da pessoa e as suas competências adaptativas. Estes dois aspectos fazem parte da definição de atraso cognitivo comum à maior parte dos cientistas que se dedicam ao estudo da deficiência intelectual.

4. Qual é a freqüência da Deficiência Intelectual?

A maior parte dos estudos aponta para uma freqüência de 2% a 3% sobre as crianças com mais de 6 anos. Não é a mesma coisa determinar essa freqüência em crianças mais novas ou em adultos. A Administração dos EUA considera o valor de 3% para efeitos de planificação dos apoios a conceder a alunos com atraso cognitivo. Esta percentagem é um valor de referência que merece bastante credibilidade. Mas não é mais do que um valor de referência.

5. Orientação aos Pais:

Procure saber mais sobre deficiência intelectual: outros pais, professores e técnicos poderão ajudar.
Incentive o seu filho a ser independente: por exemplo, ajude-o a aprender competências de vida diária, tais como: vestir-se, comer sozinho, tomar banho, arrumar-se para sair.
Atribua-lhe tarefas próprias e de responsabilidade. Tenha sempre em mente a sua idade real, a sua capacidade para manter-se atento e as suas competências. Divida as tarefas em passos pequenos. Por exemplo, se a tarefa do seu filho é a de pôr a mesa, peça-lhe primeiro que escolha o número apropriado de guardanapos; depois, peça-lhe que coloque cada guardanapo no lugar de cada membro da família. Se for necessário, ajude-o em cada passo da tarefa. Nunca o abandone numa situação em que não seja capaz de realizar com sucesso. Se ele não conseguir, demonstre como deve ser.
Elogie o seu filho sempre que consiga resolver um problema. Não se esqueça de elogiar também quando o seu filho se limita a observar a forma como se pode resolver a tarefa: ele também realizou algo importante, esteve consigo para que as coisas corram melhor no futuro.
Procure saber quais são as competências que o seu filho está aprendendo na escola. Encontre formas de aplicar essas competências em casa. Por exemplo, se o professor lhe está ensinando a usar o dinheiro, leve o seu filho ao supermercado. Ajude-o a reconhecer o dinheiro necessário para pagar as compras. Explique e demonstre sempre como se faz, mesmo que a criança pareça não perceber. Não desista, nem deixe nunca o seu filho numa situação de insucesso, se puder evitar.
Procure oportunidades na sua comunidade para que ele possa participar em atividades sociais, por exemplo: escoteiros, os clubes, atividades de desporto. Isso o ajudará a desenvolver competências sociais e a divertir-se.
Fale com outros pais que tenham filhos com deficiência intelectual: os pais podem partilhar conselhos práticos e apoio emocional.
Não falte às reuniões de escola, em que os professores vão elaborar um plano para responder melhor às necessidades do seu filho. Se a escola não se lembrar de convidar os pais, mostre a sua vontade em participar na resolução dos problemas. Não desista nunca de oferecer ajuda aos professores para que conheçam melhor o seu filho. Pergunte também aos professores como é que pode apoiar a aprendizagem escolar do seu filho em casa.

6. Orientação aos Professores:

Aprenda tudo o que puder sobre deficiência intelectual. Procure quem possa aconselhar na busca de bibliografia adequada ou utilize bibliotecas, internet, etc.
Reconheça que o seu empenho pode fazer uma grande diferença na vida de um aluno com deficiência ou sem deficiência. Procure saber quais são as potencialidades e interesses do aluno e concentre todos os seus esforços no seu desenvolvimento. Proporcione oportunidades de sucesso.
Participe ativamente na elaboração do Plano Individual de Ensino do aluno e Plano Educativo.
Seja tão concreto quanto possível para tornar a aprendizagem vivenciada. Demonstre o que pretende dizer. Não se limite a dar instruções verbais. Algumas instruções verbais devem ser acompanhadas de uma imagem de suporte, desenhos, cartazes. Mas também não se limite a apoiar as mensagens verbais com imagens. Sempre que necessário e possível, proporcione ao aluno materiais e experiências práticas e oportunidade de experimentar as coisas.
Divida as tarefas novas em passos pequenos. Demonstre como se realiza cada um desses passos. Proporcione ajuda, na justa medida da necessidade do aluno. Não deixe que o aluno abandone a tarefa numa situação de insucesso. Se for necessário, solicite ao aluno que seja ele a ajudar o professor a resolver o problema. Partilhe com o aluno o prazer de encontrar uma solução.
Acompanhe a realização de cada passo de uma tarefa com comentários imediatos e úteis para o prosseguimento da atividade.
Desenvolva no aluno competências de vida diária, competências sociais e de exploração e consciência do mundo envolvente. Incentive o aluno a participar em atividades de grupo e nas organizações da escola.
Trabalhe com os pais para elaborar e levar a cabo um plano educativo que respeite as necessidades do aluno. Partilhe regularmente informações sobre a situação do aluno na escola e em casa.

7. Que expectativas de futuro têm as crianças com Deficiência Intelectual?
Sabemos atualmente que 87% das crianças com deficiência intelectual só serão um pouco mais lentas do que a maioria das outras crianças na aprendizagem e aquisição de novas competências. Muitas vezes é mesmo difícil distingui-las de outras crianças com problemas de aprendizagem sem deficiência intelectual, sobretudo nos primeiros anos de escola. O que distingue umas das outras é o fato de que o deficiente intelectual não deixa de realizar e consolidar aprendizagens, mesmo quando ainda não possui as competências adequadas para integrá-las harmoniosamente no conjunto dos seus conhecimentos. Daqui resulta não um atraso simples que o tempo e a experiência ajudarão a compensar, mas um processo diferente de compreender o mundo. Essa diferente compreensão do mundo não deixa, por isso, de ser inteligente e mesmo muito adequada à resolução de inúmeros problemas do quotidiano. È possível que as suas limitações não sejam muito visíveis nos primeiros anos da infância. Mais tarde, na vida adulta, pode também acontecer que consigam levar uma vida bastante independente e responsável. Na verdade, as limitações serão visíveis em função das tarefas que lhes sejam pedidas.
Os restantes 13% terão muito mais dificuldades na escola, na sua vida familiar e comunitária. Uma pessoa com atraso mais severo necessitará de um apoio mais intensivo durante toda a sua vida.
Todas as pessoas com deficiência intelectual são capazes de crescer, aprender e desenvolver-se. Com a ajuda adequada, todas as crianças com deficiência intelectual podem viver de forma satisfatória a sua vida adulta.

8. Que expectativas de futuro têm as crianças com Deficiência Intelectual na Escola?
Uma criança com deficiência intelectual pode obter resultados escolares muito interessantes. Mas nem sempre a adequação do currículo funcional ou individual às necessidades da criança exige meios adicionais muito distintos dos que devem ser providenciados a todos os alunos, sem exceção.
Antes de ir para a escola e até ao três anos, a criança deve beneficiar de um sistema de intervenção precoce. Os educadores e outros técnicos do serviço de intervenção precoce devem pôr em prática um Plano Individual de Apoio à Família.
Este plano define as necessidades individuais e únicas da criança. Define também o tipo de apoio para responder a essas necessidades. Por outro lado, enquadra as necessidades da criança nas necessidades individuais e únicas da família, para que os pais e outros elementos da família saibam como ajudar a criança.
Quando a criança ingressa na Educação Infantil e depois no Ensino Fundamental, os educadores em parceria com a família devem por em prática um programa educativo que responda às necessidades individuais e únicas da criança. Este programa é em tudo idêntico ao anterior, só que ajustado à idade da criança e à sua inclusão no meio escolar. Define as necessidades do aluno e os tipos de apoio escolar e extra-escolar.
A maior parte dos alunos necessita de apoio para o desenvolvimento de competências adaptativas, necessárias para viver, trabalhar e divertir-se na comunidade.
Algumas destas competências incluem:
A comunicação com as outras pessoas.
Satisfazer necessidades pessoais (vestir-se, tomar banho).
Participar na vida familiar (pôr a mesa, limpar o pó, cozinhar).
Competências sociais (conhecer as regras de conversação, portar-se bem em grupo, jogar e divertir-se).
Saúde e segurança.
Leitura, escrita e matemática básica; e à medida que vão crescendo, competências que ajudarão a crianças na transição para a vida adulta. 

Fonte: Marina da Silveira Rodrigues Almeida
Consultora em Educação Inclusiva
Psicóloga e Pedagoga especialista
Instituto Inclusão Brasilinclusao.brasil@iron.com.br 

quarta-feira, 15 de julho de 2015

FAMÍLIA DE ALUNO COM TRANSTORNO REVERTE REPROVAÇÃO ESCOLAR NA JUSTIÇA...

Aprovado: Aluno com transtorno reverte reprovação na Justiça

Fernando (nome fictício), 17, tem dificuldades na escola desde os 9 anos de idade. No ano passado, foi reprovado no tradicional colégio particular Oswald de Andrade, na zona oeste de São Paulo. Ao mudar de escola, descobriu que sofre de transtorno de atenção. E conseguiu na Justiça reverter a retenção.
Até ele chegar ao 2º ano do ensino médio do colégio Mackenzie, porém, houve brigas em diversas instâncias, avaliações divergentes e ressentimento com o antigo colégio.
"Como uma escola como o Oswald não percebe que o meu filho tem um problema desse?", questiona a publicitária Simone, 42. "Eles simplesmente o reprovaram e brigaram até o fim para mantê-lo reprovado."
Fundado há mais de 30 anos, o colégio diz que não houve erro em seu procedimento. Sua posição teve o respaldo do Conselho Estadual de Educação de São Paulo.
Ernesto Rodrigues/Folhapress
O aluno, hoje no 2º ano do ensino médio, junto aos pais
O aluno, hoje no 2º ano do ensino médio, junto aos pais
DISPUTA
A disputa começou no fim de 2014, quando a escola informou à família de Fernando que ele havia sido reprovado por não ter atingido a nota mínima (6) em 12 das 16 matérias do 1º ano do médio.
A família pediu reconsideração, alegando que as notas estavam melhorando, ainda que abaixo do exigido.
O conselho de classe, que poderia aprová-lo, confirmou a reprovação. Reconheceu que ele se esforçava cada vez mais, mas havia "lacunas de conteúdo acumuladas em anos anteriores que não devem ser ignoradas".
Sua média final em artes e educação física ficou próxima de 9. Mas em matemática foi 3 e, em geografia, 4.
A família recorreu à diretoria regional de ensino, órgão do governo do Estado responsável pelas escolas particulares. A instituição determinou que Fernando deveria passar.
Um aspecto formal pesou para a decisão: o estudante havia sido reprovado no dia 28 de novembro, antes da data final do ano letivo, em 18 de dezembro.
O desgaste fez os pais procurarem outra escola particular. Ficaram com o também tradicional Mackenzie, em Higienópolis (região central).
Com a decisão da diretoria de ensino vigente, ele foi matriculado provisoriamente no 2º ano do ensino médio.
No começo do ano letivo, a equipe pedagógica da escola aconselhou que Fernando passasse por avaliação neuropsicológica. Ele demonstrava interesse pelas aulas, mas dificuldade e falta de concentração em outros momentos.
Paralelamente, o Oswald recorreu ao Conselho Estadual de Educação, instância superior à diretoria de ensino. Em março, o conselho referendou a decisão do colégio, de reprovar o estudante.
"Não nos cabe avaliar a situação de cada aluno, mas sim se houve alguma infração. Nesse caso, o regimento da escola foi cumprido", afirmou o presidente do conselho, Francisco Carbonari.
Dias depois, saiu o relatório médico de Fernando, atestando que ele sofre de transtorno de atenção sem hiperatividade. O jovem começou a tomar medicamento para tratamento de deficit de atenção.
Parte da comunidade médica entende que há uso exagerado desses remédios pelos adolescentes, o que pode gerar dependência.
No caso de Fernando, o laudo diz que o tratamento teve "repercussão positiva".
"Desde que ele tinha 9 anos eu via dificuldades, mas achava que era só um menino preguiçoso. É duro saber só agora desse problema", diz a mãe do estudante.
A advogada Claudia Hakim usou o relatório médico para pedir à Justiça que mantivesse Fernando no 2º ano no Mackenzie, apontando que o aluno não havia tido conhecimento do transtorno até então, tampouco tratamento.
Além disso, o documento apontava que poderia haver regressão no quadro se ele tivesse de voltar ao 1º ano do ensino médio –já estava diagnosticada também uma depressão leve do aluno. A Justiça acatou o pedido liminarmente (provisoriamente).
Sob tratamento, Fernando conseguiu atingir a nota mínima (6) em sete das 14 matérias no primeiro trimestre.
O Oswald, por meio de nota, afirma que as decisões tomadas no caso foram corretas, "ante o quadro apresentado pelo aluno".
Diz também que "não comenta questões envolvendo ex-alunos ou metodologias educacionais seguidas em outros estabelecimentos".
O colégio Mackenzie afirma que o desempenho de Fernando é compatível com o seu quadro. Segundo a escola, "trata-se de aluno que está se adaptando ao colégio e precisa de atendimento diferenciado. O atendimento está sendo oferecido e esperamos que ele apresente melhor desempenho em breve".
*
CRONOLOGIA
28.nov.2014
Família é informada da reprovação e pede reconsideração ao colégio
2.dez.2014
Conselho de classe do Oswald de Andrade decide manter a reprovação
11.dez.2014
Família pede à diretoria regional de ensino para repensar sobre o caso
18.dez.2014
Fim do ano letivo no colégio Oswald de Andrade
26.jan.2015
Diretoria regional de ensino se manifesta a favor da aprovação. É, também, início do ano letivo no colégio Mackenzie, no qual o aluno está matriculado
18.mar.2015
Conselho Estadual de Educação aceita pedido do Oswald de Andrade para manter a reprovação dele
6.mai.2015
Laudo médico aponta que aluno tem transtorno, e que a reprovação poderia prejudicá-lo
18.mai.2015
Com uso do laudo médico pela advogada, Justiça determina que o estudante continue no 2º ano 

sexta-feira, 10 de julho de 2015

BIPOLARIDADE...

Meu Filho Tem um Problema

Entenda o que é e como lidar com a bipolaridade na infância

Crianças que têm o transtorno vivem uma gangorra de emoções

19/06/2015 - 16h03min
Entenda o que é e como lidar com a bipolaridade na infância Arquivo Pessoal/Divulgação
Os desenhos que ilustram esta e outras reportagens da série Meu Filho Tem um Problema foram feitos pelas crianças e pelos adolescentes que têm suas histórias relatadasFoto: Arquivo Pessoal / Divulgação
As crianças que m o transtorno bipolar são invadidas por uma montanha-russa desentimentos sem que possam, muitas vezes, compreender exatamente o que estão sentindo. Caracterizada pela oscilação entre períodos de extrema euforia e outros de depressão, a bipolaridade até pouco tempo era considerada uma doença de adultos. Mas estudos recentes começaram a apontar que o transtorno pode aparecer ainda na infância, e de forma mais frequente do que se imaginava. É o que concluiu uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos e publicada na revista Archives of General Psychiatry. Após realizar mais de 10 mil entrevistas com adolescentes entre 13 e 18 anos, os pesquisadores descobriram que uma média de 2,5% desses jovens teve episódios de mania e de depressão nos últimos 12 meses e preencheu os critérios para o diagnóstico do transtorno. Ainda que não haja um estudo em grande escala sobre a prevalência da bipolaridade na população infantil, estudiosos estimam que ela atinja até 2% de crianças e adolescentes ao redor do mundo. Um número preocupante, segundo especialistas em transtornos infantis.
— Atualmente, o que se sabe é que de 20% a 40% dos adultos com o transtorno já apresentavam sintomas quando criança. Essa informação é muito importante, pois, o quanto antes o problema for tratado, menores são os prejuízos que a pessoa tem ao longo da vida — explica Silzá Tramontina, psiquiatra de crianças e adolescentes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
A influência do ambiente
O que determina a probabilidade de uma criança ser bipolar e quais os fatores que desencadeiam o transtorno ainda não são questões totalmente esclarecidas pela ciência. Para muitos especialistas, são os genes os responsáveis por essa predisposição.
Pais que apresentam quadros de bipolaridade ou de depressão teriam chances muito maiores de ter filhos com os transtornos. Mas o ambiente em que a pessoa vive teria um papel fundamental: seria o empurrãozinho a quem está prestes a entrar nessa montanha-russa.
A infância é um período onde a mente é altamente moldável, e a quantidade de estímulos a que os bebês e as crianças estão expostos atualmente, com cores, cheiros, desenhos e barulhos, poderia explicar parte dos diagnósticos.
Pressões como a obrigação de aprender dois ou três idiomas, ser bom em algum esporte, sabe pintar e ainda tirar as melhores notas na escola podem induzir os jovens a desenvolver um temperamento mais confuso, impaciente, frenético e pouco persistente. Esse é um padrão de comportamento em bipolares.
— As principais hipóteses sobre o surgimento desse transtorno relacionam fatores genéticos ligados a alterações químicas no cérebro dessas crianças, como por exemplo, o aumento de substâncias chamadas noradrenalina e dopamina, que influenciam diretamente no comportamento — explica Gustavo Teixeira, psiquiatria da infância e adolescência e autor de livros sobre o tema.
Vaivém intenso
Crianças bipolares experimentam variações de humor semelhantes a dos adultos com o transtorno, mas nem sempre da mesma forma e intensidade. Isso causa confusão em muitos pais, que acreditam se tratar de "coisas típicas da idade". Frequentemente, jovens bipolares têm períodos de extrema irritabilidade e acabam sendo mais agressivos com familiares e colegas, prejudicando o convívio social. Uma das questões a ficar atento é a incapacidade que muitos deles apresentam em controlar seus acessos de raiva e ansiedade, colocando a si e aos outros em situações de risco. Silzá Tramontina explica que entre 25% e 45% dos adolescentes com o diagnóstico de transtorno bipolar tentam o suicídio.
— O risco é maior durante os episódios mistos e depressivos e, por isso, os pais devem ficar de olho — alerta.
Conforme o psiquiatra de crianças e adolescentes Andre Kohmann, do Hospital Santa Casa de Porto Alegre, as crianças costumam apresentar uma conjunção de sintomas como impulsividade, irritabilidade e dispersão, e podem variar de humor de forma muito mais rápida e intensa que os adultos. Em um mesmo dia, explica, podem apresentar períodos de euforia e outros de apatia e baixa autoestima:
— As formas como os sintomas costumam aparecer também são diferentes. Por exemplo, enquanto um adulto bipolar pode querer mandar ou mesmo agredir o próprio chefe se estiver grandioso e eufórico, uma criança nessa situação pode brigar com o professor sobre como é o jeito certo de dar aula para a turma, ou andar perigosamente de skate na contramão dos carros por achar que nada de mal acontecerá a ela.
Atenção aos sinais
Crianças com transtorno bipolar costumam apresentar...
... na euforia:
— Períodos de muita energia, podendo durar um dia todo ou chegar até mesmo a uma semana
— Humor e excitação elevados: uma felicidade excessiva, sem motivos, ou então irritação excessiva
— Comportamentos perigosos, como tentar pular de um carro em movimento ou então do telhado
— Assuntos de conversa com uma conotação de grandiosidade: tem superpoderes, ninguém pode com ele, todos têm de fazer o que ele mandar
— Pouca necessidade de sono
— Fala muito rápida, mudando rapidamente de um assunto para outro sem encerrar o primeiro
— Envolvimento em muitos projetos escolares e em muitas atividades no geral, sem aparentar cansaço
... na depressão:
— Humor deprimido ou irritável na maior parte do dia
— Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades
— Perda ou ganho significativo de peso
— Fadiga ou perda de energia
— Agressões a terceiros ou a si mesmo, podendo tentar o suicídio
O que fazer
Pais que suspeitam da doença em seus filhos devem procurar profissionais da área, em especial os psiquiatras de infância e adolescência, para adequada avaliação. Em Porto Alegre, uma opção é fazer pedido ao posto de saúde para encaminhar ao Programa de Crianças e Adolescentes Bipolares do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
O tratamento
Quando a criança é diagnosticada com transtorno bipolar, um conjunto de terapia com medicamentos é indicado. Normalmente, são usadas medicações que estabilizam o humor, e os atendimentos de psicologia, educação a respeito da doença, treinamento de pais e psicoterapia familiar também são importantes para bons desfechos. Quer dizer: o paciente e sua família se beneficiam muito do atendimento multiprofissional.

*Zero Hora

O Blog C@st da Mih compõe o MiniC@st da Mih e como o nome já diz é um mini podcast de maior freqüência , podendo ser diário ou semanal...de...