quarta-feira, 16 de setembro de 2020

MULHER GAÚCHA, UM LEGADO DE BRAVURA!

 

 MULHER GAÚCHA! EP 17

 TEXTO  Guilherme Milani Lorscheider  ( COM ADAPTAÇÕES)


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Nos dias atuais, muito se discute sobre a representatividade da mulher no mundo.  Com o avanço do feminismo através dos tempos, desde a Revolução Francesa onde a mulher, de fato, construiu uma independência maior e até os dias atuais a história da emancipação da mulher tomou rumos diversos.

A mulher gaúcha teve  um  papel corajoso e pioneiro na história, sendo  peça fundamental para a construção da república rio-grandense.

Temos a personagem criada por Érico Veríssimo: Ana Terra. Em seus livros O Continente I e II, que deixa claro que a mulher contribuiu fortemente para a construção da história do Rio Grande do Sul. O uso da personagem como exemplo, deve-se porque é o espelho do atual modelo da mulher gaúcha.

“Sua personalidade forte, de garra, obstinação e resistência frente a todas as perdas e violências que sofreu fazem de Ana Terra um símbolo da mulher gaúcha. Traços da personalidade de Ana e sua crença na vida serão encontradas nas mulheres das gerações futuras da família Terra Cambará, principalmente de sua neta Bibiana.”

Quando falamos da Guerra dos Farrapos e suas grandes batalhas e feitos, a presença feminina é negligenciada. Quando pensamos em mulher na Guerra dos Farrapos, logo pensamos em Anita, mas sem ser ela; o que sabemos da atuação da mulher em combate? A resposta é: quase nada!

Em uma sociedade quase que exclusivamente de militares, que tem tradição machista e direciona a mulher – desde cedo – aos afazeres domésticos e deveres religiosos enquanto esperava um cônjuge. Todo mundo sabe que a Revolução Farroupilha durou 10 anos! Mas a pergunta é: onde estavam as mulheres durante inúmeros ataques, incêndios e mortes? A resposta é simples.

 A mulher estava conquistando seu espaço! Registros da época relatam alguns grupos espalhados pelo estado com propostas distintas. Fazendeiras que substituíram o administrador, liberando o gado mediante recibo ou vendo o rebanho espoliado. Barqueiras comandavam pequenas embarcações com produtos agrícolas para o mercado porto-alegrense; muitas acompanhavam seus maridos em combate para o cuidado dos feridos e por aí, a lista só aumenta.

 Importante destacar alguns nomes que fizeram história no pago gaúcho e que poucos ouviram falar:

       Nísia Floresta: chegou ao Sul em 1833 vinda do Nordeste. Cantora, falava sobre as farturas das chácaras-cinturão verde de Porto Alegre. Traduziu a obra “Direito das Mulheres e Injustiça dos Homens”, caracterizada por ser ousada e muito avançada. Como forma de minimizar os efeitos da ousadia causada pela obra, a imprensa a silenciou.

       Ana de Barandas: grande questionadora de homens conservadores, a porto-alegrense era solidária na busca por mais direitos. Inconformada, suas denúncias tiveram repercussão na formação do pioneiro Partido Político Feminino. Foi presa, interrogada e expulsa de Porto Alegre. Em seu livro O Ramalhete (1845), argumenta que a mulher deve ter vontade própria para abraçar a causa que ache vantajosa.

       Marquesa de Alegrete: heroína anônima, nobre pampeana, que em 14 de janeiro de 1717, na Batalha de Catalan, ao lado do esposo Marques de Alegrete – Luiz Telles de Caminha e Menezes serviu como enfermeira, mãe e até soldado, na demarcação de fronteiras do nosso pago gaúcho.         

Mulheres atuantes que vale a pena pesquisar um pouco e sair do estigma que a história rio-grandense foi somente formada por homens.

A história das mulheres gaúchas do passado deixou um legado de bravura e determinação para as mulheres atuais.

 A representatividade e a voz feminina está mais ampla e estamos preparadas para expressar  opiniões  e posicionamentos sem medos.

 

Nosso trabalho é de formiguinha...mas avançamos cada dia mais, ocupando espaços e defendendo os nossos direitos! Somos a VOZ DE TODAS AS FRIDAS!

 

 PROF@ MI...COISAS DE ESCOLA É AFILIADA A REDE GAÚCHA DE PODCASTERS – O PODCASTHÊ, A NAÇÃO PODCASTERS E INTEGRANTE DO PODCAST AVOZ DAS FRIDAS DA RADIO FRIDA ROCK. CONHEÇA NOSSO TRABALHO, OUÇA A NOSSA VOZ...ESTAMOS EM TODOS OS AGREGADORES E REDES SOCIAIS.

domingo, 30 de agosto de 2020

QUE PODER É ESSE ? EPISÓDIO 16


 Último programa dentro do agosto lilás!

Importante entrevista com a doutora
Deborah Sztajnberg
feita pela advogada
Daniele Schmals
. A Voz das Fridas programa idealizado, elaborado e apresentado somente por mulheres.
Para ouvir Baixe o aplicativo Rádio Frida Rock

 TRAGO PARA REFLEXÃO Este artigo é de Heloneida Studart - O poder desarmado (TALVEZ MUITOS JÁ CONHEÇAM...MAS NO DIA INTERNACIONAL DA IGUALDADE FEMININA , VEM BEM A CALHAR ...)

“Eu tinha 13 anos, em Fortaleza, quando ouvi gritos de pavor. Vinham da vizinhança, da casa de Bete, mocinha linda, que usava tranças. Levei apenas uma hora para saber o motivo. Bete fora acusada de não ser mais Virgem e os irmãos a subjugavam em cima de sua estreita cama de solteira, para que o médico da família lhe enfiasse a mão enluvada entre as pernas e decretasse se tinha ou não o selo da honra. Como o lacre continuava lá, os pais respiraram, mas a Bete nunca mais foi à janela, nunca mais dançou nos Bailes e acabou fugindo para o Piauí, ninguém sabe como, nem com quem.

Eu tinha apenas 14 anos, quando Maria Lúcia tentou escapar, saltando o muro alto do quintal da sua casa para se encontrar com o namorado. Agarrada pelos cabelos e dominada, não conseguiu passar no exame ginecológico. O laudo médico registrou vestígios himenais dilacerados, e os pais internaram a pecadora no reformatório Bom Pastor, para se esquecer do mundo. Realmente, esqueceu, morrendo tuberculosa.

Estes episódios marcaram para sempre a minha consciência e me fizeram perguntar que poder é esse que a família e os homens têm sobre o corpo das mulheres? Ontem, para mutilar, amordaçar, silenciar. Hoje, para manipular, moldar, escravizar aos estereótipos. Todos vimos, na televisão, modelos torturados por seguidas cirurgias plásticas. Transformaram seus seios em alegorias para entrar na moda da peitaria robusta das norte americanas. Entupiram as nádegas de silicone para se tornarem rebolativas e sensuais, garantindo bom sucesso nas passarelas do samba. Substituíram os narizes, desviaram costas, mudaram o traçado do dorso para se adaptarem à moda do momento e ficarem iirresistíveis diante dos homens. E, com isso,Barbies de fancaria, provocaram em muitas outras mulheres - as baixinhas, as gordas, as de óculos - um sentimento de perda de auto-estima.

Isso exatamente no momento em que a maioria de estudantes universitários (56%) é composto de moças. Em que mulheres se afirmam na magistratura, na pesquisa científica, na política, no jornalismo. E, no momento em que as pioneiras do feminismo passam a defender a teoria de que é preciso feminilizar o mundo e torná-lo mais distante da barbárie mercantilista e mais próximo do humanismo.

Por mim, acho que só as mulheres podem desarmar a sociedade. Até porque elas são desarmadas pela própria natureza. Nascem sem pênis, sem poder fálico da penetração e do estupro, tão bem representado por pistolas, revólveres, flechas, espadas e punhais. Ninguém diz, de uma mulher, que ela é de espadas.

Ninguém lhe dá, na primeira infância, um fuzil de plástico, como fazem com os meninos, para fortalecer sua virilidade e violência. As mulheres detestam o sangue, até mesmo porque têm que derramá-lo na menstruação ou no parto. Odeiam as guerras, os exércitos regulares ou as gangues urbanas, porque tiram os filhos de sua convivência e os colocam na marginalidade, na insegurança e na violência

É preciso voltar os olhos para a população feminina como a grande articuladora da paz. E para começar, queremos pregar o respeito ao corpo da mulher. Respeito às suas pernas que têm varizes porque carregam latas d'água e trouxas de roupa. Respeito aos seus seios que perderam a firmeza porque amamentaram seus filhos ao longo dos anos. Respeito ao seu dorso que engrossou, porque elas carregam o país nas costas.

São as mulheres que irão impor um adeus às armas, quando forem ouvidas e valorizadas e puderem fazer prevalecer a ternura de suas mentes e a doçura de seus corações.

PODCASTER PROF@ MI  ESPECIALMENTE PARA A VOZ DAS FRIDAS – RÁDIO FRIDA ROCK

TAMBÉM INTEGRANTE DA REDE GAUCHA DE PODCASTER O PODCASTCHÊ E A NAÇÃO PODCASTERS



quinta-feira, 20 de agosto de 2020

PARCERIA NOVA, PROGRAMA NOVO: HOJE (20/08/ ÀS 20h !

 

É  HOJE,  ÀS 20h  INICIA A PARCERIA ENTRE A RÁDIO FRIDA ROCK E O PROGRAMA BARRA CULT DA RÁDIO FÁBRICA DE GAITEIROS NO COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES.


O Programa Barra Cult - Rádio Fábrica de  Gaiteiros tem o prazer de anunciar que, a partir da próxima quinta-feira 20/08, trará ESPECIAIS todas as quintas, voltados para a temática do universo feminino e feminista em parceria com a Rádio Frida Rock (MSJ Produtora) e seu programa A Voz das Fridas, idealizado e apresentado somente por mulheres. O especial tem por objetivo trazer à luz debates, entrevistas,  depoimentos de mulheres que sofreram com a violência doméstica, informações diversas e pertinentes ao universo feminino e feminista no combate à cultura machista existente ainda em homens e mulheres. 

O programa BARRA CULT ESPECIAL tem a apresentação de Newton grande e você pode ouvir 
O mesmo será TRANSMITIDO SIMULTANEAMENTE pela 

Apresentação: Miriam Smile e Isabel Ayala
Participação das Fridas Mirian U Machado Podcaster do Prof@  Mi coisas de Escola e a Mili Redberyl  guitarrista da banda Hexwyfe

Rádio Frida Rock nas seguintes plataformas:

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domingo, 16 de agosto de 2020

VAMOS FALAR SOBRE SORORIDADE...

VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM SORORIDADE? EP 15

Conheça o Podcaster.one     https://podcaster.one/en?ref=pNJ4a7



A palavra sororidade vem do latim, soror, que significa irmã, portanto, fortalece a ideia de irmandade feminina. É um substantivo feminino e um conceito, em construção, sobre empatia, solidariedade e acolhimento entre mulheres. Existe nele um recorte de gênero, um direcionamento dessa empatia de mulheres para outras mulheres.

A palavra sororidade não está presente, ainda, em todos os dicionários clássicos da língua portuguesa. É a correspondente feminina da palavra fraternidade, também derivada do latim, que significa solidariedade entre irmãos (frater)

EM ALGUNS DICIONÁRIOS TEMOS AS SEGUINTES DEFINIÇÕES: “Relação de união, de afeição ou de amizade entre mulheres, semelhante à que idealmente haveria entre irmãs.

OU AINDA “Relação de irmandade, união, afeto ou amizade entre mulheres, assemelhando-se àquela estabelecida entre irmãs. [Por Extensão] União de mulheres que compartilham os mesmos ideais e propósitos, sendo caracterizada pelo apoio mútuo evidenciado entre essas mulheres”|

Portanto praticar a sororidade  vem promovendo IDEIAS E ATITUDES em prol da  irmandade feminina contemporânea . Ela reorienta a percepção e atitude de uma mulher perante outra por meio da simpatia, acolhida e colaboração  desde situações simples do dia a dia até projetos sistemáticos de apoio mútuo entre mulheres.

As novas tecnologias que permitem a troca e disseminação de ideias é um dos fatores responsáveis pelo alcance que os feminismos e a sororidade têm gradativamente alcançado ao longo dos últimos anos, ao ponto de essa palavra nova ser incorporada aos dicionários e ao cotidiano de muitas mulheres.

O uso das redes sociais, as novas modalidades de interação por meios digitais favorecem a formação de comunidades virtuais de mulheres, com trocas de ideias, conceitos, desabafos, denúncias, tratamentos alternativos, mensagens de encorajamento, o fortalecimento de laços, apoio mútuo e trocas de experiências sobre o ser mulher. Nesse contexto, a sororidade tornou-se uma importante forma de ACOLHER O FEMININO, praticar o feminismo e propagar suas bandeiras e lutas.

 

O PROF@MI COISAS DE ESCOLA FAZ PARTE DA REDE GAUCHA DE PODCAST- O PODCASTCHE E A NAÇÃO PODCASTERS.

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O Blog C@st da Mih compõe o MiniC@st da Mih e como o nome já diz é um mini podcast de maior freqüência , podendo ser diário ou semanal...de...