segunda-feira, 7 de julho de 2014

MÉTODOS PARA ABORDAGEM


By Instituto Autismo e Vida

Definições

Autismo

Definição da Autism Society of American – ASA (1978) Autism Society of American = Associação Americana de Autismo.


O autismo é uma inadequacidade no desenvolvimento que se manifesta de maneira grave por toda a vida. É incapacitante e aparece tipicamente nos três primeiros anos de vida. Acomete cerca de 20 entre cada 10 mil nascidos e é quatro vezes mais comum no sexo masculino do que no feminino. É encontrado em todo o mundo e em famílias de qualquer configuração racial, étnica e social. Não se conseguiu até agora provar qualquer causa psicológica no meio ambiente dessas crianças, que possa causar a doença.

Segundo a ASA, os sintomas são causados por disfunções físicas do cérebro, verificados pela anamnese ou presentes no exame ou entrevista com o indivíduo. Incluem:

1. Distúrbios no ritmo de aparecimentos de habilidades físicas, sociais e lingüísticas.
2. Reações anormais às sensações. As funções ou áreas mais afetadas são: visão, audição, tato, dor, equilíbrio, olfato, gustação e maneira de manter o corpo.
3. Fala e linguagem ausentes ou atrasadas. Certas áreas específicas do pensar, presentes ou não. Ritmo imaturo da fala, restrita compreensão de idéias. Uso de palavras sem associação com o significado.
4. Relacionamento anormal com os objetivos, eventos e pessoas. Respostas não apropriadas a adultos e crianças. Objetos e brinquedos não usados de maneira devida.

Fonte: Gauderer, E. Christian. Autismo e outros atrasos do desenvolvimento: guia prático para pais e profissionais. Rio de Janeiro: Revinter; 1997. pg 3.

Definição do DSM-IV-TR (2002)


O Transtorno Autista consiste na presença de um desenvolvimento comprometido ou acentuadamente anormal da interação social e da comunicação e um repertório muito restrito de atividades e interesses. As manifestações do transtorno variam imensamente, dependendo do nível de desenvolvimento e da idade cronológica do indivíduo.

Definição da CID-10 (2000)


Autismo infantil: Transtorno global do desenvolvimento caracterizado por: a) um desenvolvimento anormal ou alterado, manifestado antes da idade de três anos, e b) apresentando uma perturbação característica do funcionamento em cada um dos três domínios seguintes: interações sociais, comunicação, comportamento focalizado e repetitivo. Além disso, o transtorno se acompanha comumente de numerosas outras manifestações inespecíficas, por exemplo: fobias, perturbações de sono ou da alimentação, crises de birra ou agressividade (auto-agressividade).

Fonte: http://falandodeautismo.com.br/site/definicoes 


Métodos de Abordagem

ABA

O tratamento ABA envolve o ensino intensivo e individualizado das habilidades necessárias para que o indivíduo possa adquirir independência e a melhor qualidade de vida possível. Dentre as habilidades ensinadas incluem-se comportamentos sociais, tais como contato visual e comunicação funcional; comportamentos acadêmicos tais como pré-requisitos para leitura, escrita e matemática; além de atividades da vida diária como higiene pessoal. A redução de comportamentos tais como agressões, estereotipias, auto-lesões, agressões verbais, e fugas também fazem parte do tratamento comportamental, já que tais comportamentos interferem no desenvolvimento e integração do indivíduo diagnosticado com autismo.

Durante o tratamento comportamental (ABA), habilidades geralmente são ensinadas em uma situação de um aluno com um professor via a apresentação de uma instrução ou uma dica, com o professor auxiliando a criança através de uma hierarquia de ajuda (chamada de aprendizagem sem erro). As oportunidades de aprendizagem são repetidas muitas vezes, até que a criança demonstre a habilidade sem erro em diversos ambientes e situações. A principal característica do tratamento ABA é o uso de conseqüências favoráveis ou positivas (reforçadoras). Inicialmente, essas conseqüências são extrínsecas (ex. uma guloseima, um brinquedo ou uma atividade preferida). Entretanto o objetivo é que, com o tempo, conseqüências naturais (intrínsecas) produzidas pelo próprio comportamento sejam suficientemente poderosas para manter a criança aprendendo. Durante o ensino, cada comportamento apresentado pela criança é registrado de forma precisa para que se possa avaliar seu progresso.

O uso da Análise Comportamental Aplicada voltada para o autismo baseia-se em diversos passos: 1- avaliação inicial, 2- definição de objetivos a serem alcançados, 3- elaboração de programas/procedimentos, 4- ensino intensivo, 5- avaliação do progresso. O tratamento comportamental caracteriza-se, pela experimentação, registro e constante mudança. A lista de objetivos a serem alcançados é definida pelo profissional, juntamente com a família com base nas habilidades iniciais do indivíduo. Assim, o envolvimento dos pais e de todas as pessoas que participam da vida da criança é fundamental durante todo o processo.

Concluindo, ABA consiste no ensino intensivo das habilidades necessárias para que o indivíduo diagnosticado com autismo ou transtornos invasivos do desenvolvimento se torne independente. O tratamento baseia-se em anos de pesquisa na área da aprendizagem e é hoje considerado como o mais eficaz.

Fonte: http://autisters.blogspot.com/2009/07/metodo-aba.html

Entrevista sobre terapia ABA:



FLOORTIME


Desenvolvido pelo psiquiatra infantil Stanley Greenspan, Floortime (ao pé da letra tempo no chão) é um método de tratamento que leva em conta a filosofia de interagir com uma criança autista. É baseado na premissa de que a criança pode melhorar e construir um grande círculo de interesses e de interação com um adulto que vá de encontro com a criança independente do seu estágio atual de desenvolvimento e que o ajuda a descobrir e levantar a sua força.

A meta no Floortime é desenvolver a criança dentro dos 6 marcos básicos para a plenitude do desenvolvimento emocional e intelectual do indivíduo. Greenspan descreveu os 6 degraus da escada do desenvolvimento emocional como: noção do próprio eu e interesse no mundo; intimidade ou um amor especial para a relação humana; a comunicação em duas vias (interação); a comunicação complexa; as idéias emocionais e o pensamento emocional. A criança autista tem dificuldades em se mover naturalmente através desses marcos, ou subir esses degraus, devido à reações sensoriais exacerbadas ou diminuidas e/ou a um controle pobre dos comandos físicos.

No Floortime, os pais entram numa brincadeira que a criança goste ou se interesse e segue aos comandos que a própria criança lidera. A partir dessa ligação mútua, os pais ou o adulto envolvido na terapia, são instruídos em como mover a criança para atividades de interação mais complexa, um processo conhecido como " abrindo e fechando círculos de comunicação". Floortime não separa ou foca nas diferentes habilidades da fala, habilidades motoras ou cognitivas, mas guia essas habilidades propriamente, enfatizando o desenvolvimento emocional. A intervenção é chamada Floortime porque os adultos vão para o chão, para poder interagir com a criança no seu nível e olho no olho.

Tem como meta ajudar a criança autista se tornar mais alerta, ter mais iniciativa, se tornar mais flexível, tolerar frustração, planejar e executar seqüências, se comunicar usando o seu corpo, gestos, linguagem de sinais e verbalização. Se a criança já souber o PECS e a linguagem de sinais, trabalhe com isso no “floortime”. Se a criança ainda não conhecer nem a linguagem de sinais e nem o PECS, não use o “floortime” para começar esses métodos, uma vez que “floortime” não é hora de ensinar, mas explorar a espontaneidade, iniciativa da criança e a verbalização. O mais importante é despertar na criança o prazer de aprender.

Faça da hora do floortime uma hora de diversão, risos, brincadeira e reconheça as oportunidades do dia a dia para solucionar problemas e conseguir suportar mudanças. Use isso na sua rotina trabalhe as expectativas da crianca, o que a criança faz por ela.


PADOVAN

ORGANIZAÇÃO E REORGANIZAÇÃO NEUROLÓGICA


A Organização Neurológica é um processo dinâmico e complexo, mas natural, que leva à uma maturação do Sistema Nervoso Central, tornando o indivíduo apto a cumprir o seu potencial genético, ou seja, pronto para adquirir todas as suas capacidades, incluindo a locomoção, a linguagem e o pensamento. Esta Organização Neurológica, que nada mais é do que o próprio Desenvolvimento Ontogenético, consiste nas fases do desenvolvimento natural do Ser Humano (rolar, rastejar, engatinhar, etc.), que são significativamente importantes na definição do esquema corporal e da lateralidade (maturação do próprio Sistema Nervoso Central), tornando o indivíduo apto a dominar seu corpo no espaço, isto é, a poder fazer todos os movimentos que quiser, voluntários e involuntários.

A Reorganização Neurológica consiste na recapitulação daquelas fases do desenvolvimento natural do Ser Humano, que, dessa forma, vai preencher eventuais falhas da Organização Neurológica original.

ANDAR - FALAR - PENSAR

Quando o processo da Organização Neurológica apresenta alguma falta ou falha em seu desenvolvimento, pode-se, através da Reorganização Neurológica, impor os movimentos de cada fase, utilizando-se de exercícios específicos que recapitulam o processo do ANDAR, desde os seus movimentos mais primitivos até o indivíduo alcançar a postura ereta, dominando o espaço com ritmo e equilíbrio.

Trabalhando a maturação do andar, atingimos consequentemente o FALAR, que também é trabalhado com exercícios para a reeducação das Funções Reflexo-Vegetativas Orais, (respiração, sucção, mastigação e deglutição).

Ajudando o indivíduo a melhor expressar seus sentimentos e emoções - equilíbrio psico-emocional - trabalhamos o PENSAR, abrangendo também áreas específicas da percepção auditiva e visual (atenção, memória, discriminação, análise-síntese) e processos do desenvolvimento da fala, linguagem espontânea (fluência e ritmo) e da leitura e escrita. 

PECS

O Picture Exchange Communication System (PECS), em português, Sistema de Comunicação por Troca de Figuras, foi desenvolvido em 1985 como um pacote de treinamento aumentativo/alternativo único que ensina crianças e adultos com autismo e problemas correlatos de comunicação a começarem a se comunicar. Inicialmente utilizado no Delaware Autistic Program, o PECS é reconhecido mundialmente por se dedicar aos componentes iniciativos da comunicação. Ele não requer materiais complexos ou caros e foi desenvolvido tendo em vista educadores, cuidadores e familiares, o que permite sua utilização em uma multiplicidade de ambientes.

Fases do PECS:

Fase I - Ensina os alunos a iniciarem a comunicação desde o início por meio da troca de uma figura por um item muito desejado.
Fase II - Ensina os alunos a serem comunicadores persistentes - ativamente irem à busca de suas figuras e irem até alguém e fazerem uma solicitação.
Fase III - Ensina os alunos a discriminar figuras e selecionar uma figura que represente um objeto que eles querem.
Fase IV - Ensina os alunos a usarem uma estrutura na frase para fazer uma solicitação na forma de “Eu quero”.
Fase V - Ensina os alunos a responderem a pergunta “O que você quer?”
Fase VI - Ensina os alunos a comentarem sobre coisas no ambiente deles, tanto espontaneamente como em resposta a uma pergunta.
Expandindo o vocabulário - Ensina os alunos a utilizarem atributos, como cores, formas e tamanhos, dentro das solicitações deles.

TEACCH

Em primeiro lugar, o autista é vítima de uma síndrome, e muitos dos seus distúrbios de comportamento podem ser modificados à medida que ele consegue expressar-se e entender o que se espera dele. Outro dado importante é que as crianças autistas são mais responsivas às situações dirigidas que às livres e também respondem mais consistentemente aos estímulos visuais que aos estímulos auditivos. O método Teacch fundamenta-se em pressupostos da teoria comportamental e da psicolingüística. Vamos esclarecer alguns pontos fundamentais da terapia Comportamental para a compreensão do modelo Teacch? 

Além de indicar, especificar e definir operacionalmente os comportamentos-alvo a serem trabalhados, o terapeuta do programa Teacch tem a possibilidade de desenvolver categorias de repertórios que permitem avaliar de maneira qualitativa aspectos da interação e organização do comportamento, bem como o curso do desenvolvimento individual em seus diferentes níveis . É imprescindível que o terapeuta manipule o ambiente do autista de maneira que comportamentos indesejáveis desapareçam ou, pelo menos, sejam amenizados, e condutas adequadas recebam reforço positivo.

Passando para a área da psicolingüística, a prática Teacch fundamenta-se nessa teoria a partir da afirmação de que a imagem visual é geradora de comunicação. A linguagem, inicialmente não-verbal, sendo um sistema simbólico complexo, baseia-se na interiorização das experiências. Ao mesmo tempo que a linguagem não-verbal vai dando significados às ações e aos objetos, vai também consolidando a linguagem interior. O corpo vai incorporando significados através da "ação no mundo" enquanto desenvolve de maneiraprogressiva a comunicação - que pode ser oral, gestual, escrita etc. A linguagem, portanto, é o resultado da transformação da informação sensorial e motora em símbolos integrados significativamente. 

Na terapêutica psicopedagógica do método Teacch trabalha-se concomitantemente a linguagem receptiva e a expressiva. São utilizados estímulos visuais (fotos, figuras, cartões), estímulos corporais (apontar, gestos, movimentos corporais) e estímulos audiocinestesicovisuais (som, palavra, movimentos associados às fotos) para buscar a linguagem oral ou uma comunicação alternativa .Por meio de cartões com fotos, desenhos, símbolos, palavra escrita ou objetos concretos em seqüência (p . ex ., potes, legos etc.), indicam-se visualmente as atividades que serão desenvolvidas naquele dia na escola . Os sistemas de trabalho são programados individualmente e ensinados um a um pelo terapeuta . Quando a criança apresenta plena desenvoltura na realização de uma atividade (conduta adquirida), esta passa a fazer parte da rotina de forma sistemática.

SCERTS 

O QUE É O MODELO SCERTS™?


O Modelo SCERTS™ é uma abordagem abrangente e multidisciplinar para melhorar as habilidades de comunicação e sócio-emocionais de indivíduos com distúrbios do espectro autista.

No Modelo SCERTS™, é reconhecido que a maior parte do aprendizado na infância ocorre no contexto social de atividades e experiências diárias. Assim sendo, esforços para apoiar o desenvolvimento de uma criança dentro do modelo ocorrem com cuidadores e familiares nas rotinas do dia-a-dia em uma variedade de situações sociais, não primariamente através do trabalho com uma criança em isolamento. Oesquema SCERTS™ foi desenvolvido visando objetivos prioritários na comunicação social e na regulação emocional através da implementação de apoios transacionais (por exemplo, apoio interpessoal, apoios de aprendizado), ao longo das atividades diárias da criança e entre parceiros, para facilitar a competência dentro destas áreas identificadas como objetivos. Quando o desenvolvimento de uma criança em comunicação social e em regulação emocional é apoiado, com a implementação estratégica de suportes transacionais, há grande potencial de efeitos positivos abrangentes e de longo prazo ao desenvolvimento da criança em ambientes educacionais e nas atividades diárias.

Acreditamos que um programa eficaz para uma criança com ASD requer o conhecimento especializado de um time de profissionais trabalhando de maneira cuidadosa e coordenada em parceria com pais e familiares. Portanto, o Modelo SCERTS™ é melhor implementado como abordagem multidisciplinar e de equipe que respeita, se utiliza de, e infunde conhecimento especializado de uma variedade de disciplinas, incluindo educação geral e especial, patologias da fala e da linguagem, terapia ocupacional, psicologia infantil e psiquiatria, e assistência social.


SON-RISE


“A participação espontânea da criança em interações dinâmicas, envolventes e estimulantes é fator chave para o tratamento e recuperação do autismo.”

O Programa Son-Rise® apresenta uma abordagem altamente inovadora e dinâmica ao tratamento do autismo e outras dificuldades de desenvolvimento similares – uma abordagem relacional, onde a relação entre pessoas é valorizada. O Programa Son-Rise não é um conjunto de técnicas e estratégias a serem utilizadas com uma criança. É um estilo de se interagir, uma maneira de se relacionar com uma criança que inspira a participação espontânea em relacionamentos sociais. Os pais aprendem a interagir de forma prazerosa, divertida e entusiasmada com a criança, encorajando então altos níveis de desenvolvimento social, emocional e cognitivo.

Psicólogos e especialistas em desenvolvimento infantil têm apontado há décadas que crianças que possuem um desenvolvimento típico aprendem melhor através de experiências interativas e emocionalmente prazerosas com outras pessoas. Nestas interações, a criança é um participante ativo ao invés de um recipiente passivo de informação. Nos últimos dez anos, os pesquisadores têm percebido que o mesmo vale para crianças com autismo e dificuldades similares. As novas perspectivas e pesquisas em relação ao autismo estão começando a perceber recentemente aquilo que o Programa Son-Rise já vem praticando há anos. Este programa tem sido utilizado internacionalmente por mais de 30 anos com crianças e adultos representantes de todo o Espectro do Autismo e dos Transtornos Globais do Desenvolvimento. O Programa Son-Rise é centrado na pessoa com autismo. Isto significa que o tratamento parte do desenvolvimento inicial de uma profunda compreensão e genuína apreciação da pessoa, de como ela se comporta, interage e se comunica, assim como de seus interesses. O Programa Son-Rise descreve isto como o “ir até o mundo da pessoa com autismo”, buscando fazer a ponte entre o mundo convencional e o mundo desta pessoa em especial. Com esta atitude, o adulto facilitador vê a pessoa como um ser único e maravilhoso, não como alguém que precisa “ser consertado”, e pergunta-se “como eu posso me relacionar e me comunicar melhor com essa pessoa?” Quando a pessoa com autismo sente-se segura e aceita por este adulto, maior é a sua receptividade ao convite para interação que o adulto venha a fazer.

O Programa Son-Rise oferece uma abordagem prática e abrangente para inspirar a pessoa com autismo a participar espontaneamente de interações divertidas e dinâmicas com outras pessoas, tornando-se aberta, receptiva e motivada para aprender novas habilidades e informações. A participação da pessoa nestas interações é então fator chave para o tratamento e recuperação do autismo. E o papel dos pais é essencial neste processo de tratamento.

Durante todo o processo, o crescimento emocional dos pais é enfatizado. “Toda a aprendizagem acontece no contexto de uma interação divertida, amorosa e espontânea que inspira tanto pais como filhos. Pais que utilizam o Programa Son-Rise relatam não somente um progresso magnífico no desenvolvimento dos filhos, mas também uma melhora dramática em seu próprio bem-estar emocional.”

O Programa Son-Rise propõe a implementação de um programa dirigido pelos pais na residência da criança ou adulto com autismo. As sessões individuais (um-para-um) são realizadas em um quarto especialmente preparado com poucas distrações visuais e auditivas, contendo brinquedos e materiais motivadores que sirvam como instrumento de facilitação para a interação e subseqüente aprendizagem. Devido às diferenças neurológicas apresentadas por uma criança com autismo, os pais aprendem um novo estilo de interação que difere de como eles se relacionam com crianças de desenvolvimento típico.

O Programa Son-Rise é lúdico. A ênfase está na diversão. Isto significa que os pais, facilitadores e voluntários seguem os interesses da criança e oferecem atividades divertidas e motivadoras nas quais a criança esteja empolgada para participar. O mesmo aplica-se para o trabalho com um adulto. As atividades são adaptadas para serem motivadoras e apropriadas ao estágio de desenvolvimento específico do indivíduo, qualquer que seja sua idade. Uma vez que a pessoa com autismo esteja motivada para interagir com um adulto, este adulto facilitador poderá então criar interações que a ajudarão a aprender todas as habilidades do desenvolvimento que são aprendidas através de interações dinâmicas com outras pessoas (por exemplo, o contato visual “olho no olho”, as habilidades de linguagem e de conversação, o brincar, a imaginação, a criatividade, as sutilezas do relacionamento humano). O Programa Son-Rise instrui os pais na criação destas efetivas interações com a criança ou adulto de forma que eles possam dirigir o programa de seus filhos e ajudá-los durante todas as interações diárias com eles.

Fonte: http://www.inspiradospeloautismo.com.br/

GLOSSÁRIO

AAF - Autismo de Alto Funcionamento
ABA - Aplied Behavioral Annalisys - análise do comportamento aplicada. 
ABA - Aplied Behavioral Annalisys - análise do comportamento aplicada. 
ADHD - Attention Deficit Hyperactivity Disorders 
AHA - Autism Handcap Society - Uma das melhores e mais fortes associações existentes, formada por pais tem uma ótima pagina em http://www.aha.org/ 
API - Autismo precoce infantil . 
AS - Sindrome de Asperger . 
ASA - American Society for Autism ( Associação Americana de Autismo ) . 
Afasia - Incapacidade de COMUNICAR-se devida a lesão no córtice . 
CID-10 - Classificação Internacional de Doenças . 
DA - Défict de atenção . 
DDA - Desordem de Déficit de Atenção . 
DE - Desarmonia evolutiva (DE)é uma terminologia francesa que se adequa hoje ao conceito de S. Asperger. 
DGD - Distúrbio Global do Desenvolvimento. 
DIS - Distúrbio da Integração Sensorial 
DSM-IV - Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ( Manual Diagnóstico e Estatístico dos Distúrbios mentais . 
Desarmonia Evolutiva - Desarmonia evolutiva (DE) é uma terminologia francesa que se adequa hoje ao conceito de S. Asperger. 
Ecolalia - Tendência a repetir automaticamente sons ou palavras ouvidas. 
Estereótipo - Reprodução fiel , fixo , inalteravel . Em autismo é o nome que se dá a movimentos insitentemente repetitivos , dos quais muitos autistas parecem precisar . 
FGFC - Free gluten free casein. 
Flapping - abanar as mãos. 
HFA - Autismo de Alta Funcionalidade. 
Hiperacusia - Acuidade auditiva exacerbada ; hiperestesia acústica , devida a irritação do nervo ótico . 
Hiperlexia - A definição básica para Hiperlexia seria "Desordem de linguagem com preciosa habilidade para leitura". A Associação Canadense de Hiperlexia e a Associação Americana de Hiperlexia apresentam variações descritas abaixo: 1) "Síndrome que interfere na linguagem e interação social, acompanhada de preciosa habilidade para ler". 2) "Desordem Profunda do Desenvolvimento com sintomas de comportamento autista , mas com uma forte habilidade visual para decodificar e preciosa habilidade para ler". 
IS - Integração Sensorial. 
LIBRAS - LInguagem BRAsileira de Sinais , utilizada por surdos. 
MMR - measles, mumps and rubella (sarampo, caxumba e rubéola) diz-se da vacina tríplice viral. 
PC - paralisia cerebral 
PDD - Pervasive Developmental Disorder) 
Prosopagnosia - Pacientes com prosopagnosia só percebem quem está na sua frente ao ouvirem sua fala ou se fizerem associações quanto ao tipo de vertir , andar , etc. Em alguns casos , a dificuldade de percepção de faces está mais relacionada a aspectos visuais: as faces ficam distorcidas , borradas ou totalmente apagadas ; em outors , apesar de reconhecerem os detalhes das faces (ou seja , saberem se um aface é igual ou diferente de um aourtra) , não sabem se conhecem a pessoa ou não ; em outras palavras , perdem a capacidade de perceber a familiaridade das faces. 
Q.E. - Quociente Emocional . 
Q.I. - Quociente Intelectual . 
Rocking - balançar-se para a frente e para trás. 
SA - Sindrome de Asperger . 
SD - Síndrome de Down, antigamente chamada de mongolismo. 
SGSC - Sem glúten e sem caseína; tradução livre de 
T.I.D. - Transtorno Invasivo do Desenvolvimento 
TB - Transtorno Bipolar, a antiga psicose maníaco-depressiva. 
TDA - Transtorno do Déficit de Atenção. 
TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é o nome que se dá a uma condição em que a pessoa, quando comparada a outra, da mesma idade e sexo, mostra uma sensível redução de habilidades para manter a atenção, controlar suas ações ou dizer algo sem pensar, regular as atividades físicas de acordo com a situação, ser motivada a ouvir os outros e compreender e acatar o que lhe foi dito. O TDAH é causado por uma pequena disfunção cerebral que torna a pessoa incapaz de pensar claramente, de ter um humor estável, de manter as fantasias e impulsos sob controle, de estar satisfatoriamente motivada na vida e de regular essa energia na proporção correta, dentro da situação em que se encontra. 
TEACCH - Treatment and Education for Autistic and Communication handicapped CHildren (Tratamento e educação para crianças autistas e com deficiência de comunicação) 
TGD - Transtorno Global do Desenvolvimento, ou Transtorno Abrangente do Desenvolvimento. 
TOC - transtorno obsessivo-compulsivo. 
Tantrum - birra, acesso de fúria, piti. 
Estereotipias - movimentos repetitivos,como balançar-se e rodar utilizando objetos ou o próprio corpo comumente as mãos.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Familiares obtêm direito de redução de carga horária de trabalho para cuidar de seus dependentes com deficiência:

     
Cabe pleitear na justiça esses direitos, pois as decisões judiciais têm sido no sentido de que se o deficiente necessitar de auxílio constante de um familiar, este pode ter sua jornada de trabalho reduzida sem alteração de salário e sem necessitar compensar.
Pés de mãe e filho.
Quando uma pessoa com deficiência precisa da assistência direta e constante de terceiros, é possível que o familiar que o auxilia solicite a redução de sua jornada de trabalho na justiça, requerendo um regime de horário especial, sem sofrer redução salarial e sem necessidade de compensação.
O art. 98 da Lei 8.112/1190 garante horário especial aos servidores públicos da União que tenham cônjuge, filho ou dependente com deficiência, contudo exige compensação de horários, respeitando a carga horária semanal.
Judicialmente, essa posição tem sido revista. Magistrados têm se preocupado com o pleno exercício dos direitos sociais e individuais e a necessidade de integração social à pessoa portadora de deficiência dependente de terceiros, baseando-se no direito de proteção à família, às pessoas com deficiência, o direito à criança e o respeito ao princípio da dignidade da pessoa humana.
Desse modo, cabe pleitear na justiça esses direitos, pois as decisões judiciais têm sido no sentido de que se o deficiente necessitar de auxílio constante de um familiar, este pode ter sua jornada de trabalho reduzida sem alteração de salário e sem necessitar compensar.
Normalmente, essa redução é pleiteada pelos pais que possuem filhos com deficiência, mas nada impede que seja conferida a outros dependentes, como por exemplo, a um cônjuge ou companheiro que necessite cuidar de seu parceiro.
A título de amostragem, relatamos alguns:
1)O Tribunal Regional Federal da 1º Região já se manifestou garantindo a uma servidora pública federal a redução de sua jornada de 40 horas semanais para 20 horas semanais para cuidar de filho com Síndrome de Down, sem acarretar à servidora diminuição salarial ou necessidade de compensação.[1]
2)O Tribunal Regional do Trabalho da 17º região (estado do Espírito Santo), de modo semelhante, decidiu por reduzir a jornada de 40 horas semanais para 30 horas semanais de servidora mãe de criança com autismo. [2].
By Inclusive Inclusão e Cidadania

terça-feira, 1 de abril de 2014

AUDIÊNCIA PÚBLICA EM CANOAS/RS SOBRE AUTISMO

Câmara realiza audiência pública sobre autismo

No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a Câmara Municipal de Canoas realizará, nesta quarta-feira (02), audiência pública sobre o tema. Proposto pelo vereador Alexandre Gonçalves (PR), o evento receberá representantes de entidades voltadas ao tema e membros do Legislativo e Executivo. Alexandre é o autor de projeto de lei em tramitação na Câmara que institui o 2 de abril como o Dia Municipal do Autismo em Canoas, com o objetivo de ampliar a conscientização e debater ações efetivas sobre o tema.

Serviço:
1ª Audiência Pública sobre o Autismo
Dia: 02 de abril de 2014 (quarta-feira)
Horário: 14h
Local: Plenário da Câmara Municipal de Canoas (rua Ipiranga, 123 – Centro – 3º andar).

sábado, 15 de março de 2014

GUIA DE ORIENTAÇÃO- BAIXE OSEU!!!!

Guia de orientação sobre o manejo comportamental de crianças com Autismo em condição de inclusão escolar: baixe o seu!

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A Memnon edições científicas está disponibilizando gratuitamente a publicação “Manejo comportamental de crianças com Transtornos do Espectro do Autismo em condição de inclusão escolar: Guia de orientação a professores” escrita por Laís Pereira Khoury e colaboradores. Esta obra traz orientações para professores sobre o manejo comportamental de crianças com Transtornos do Espectro do Autismo em condição de inclusão escolar.
Confira o Sumário:
Transtornos do Espectro do autismo
- Definição
- Problemas de comunicação, de interação social e de comportamento
- Dificuldades em habilidades cognitivas
- Dificuldades em habilidades de teoria da mente
Orientações a professores sobre a inclusão escolar e os Transtornos do Espectro do Autismo
- Como a Análise Aplicada do Comportamento pode ajudar o professor na avaliação e no manejo de problemas de comportamento nos TEA
- Tipos de comportamentos inadequados de maior prevalência em crianças e adolescentes com TEA
- Orientações a professores para manejo comportamental em sala de aula baseadas na Análise do Comportamento

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O BLOG MIRI@N e CIA ESTÁ COMEMORANDO O SEU 1º ANO!!!!!!!!

bolo de aniversário gif animado Parabéns confete sOBRIGADO PELAS 23.667 VISUALIZAÇÕES!!!!!!!!!

Síndrome de Tourette

Síndrome de Tourette: especialista explica sintomas e tratamento
Doença que é confundida com tique nervoso atinge 1% da população mundial

Ter um tique, muitas vezes, é motivo de piada, mas é um assunto muito sério. Até 20% da população infantil apresenta tiques na fase dos sete anos. Em alguns casos, os tiques permanecem pela vida adulta, em outros tende a reduzir naturalmente. Os tiques podem ser simples ou complexos. E 1% da população mundial tem uma doença associada ao tique que é a Síndrome de Tourette, quando a pessoa desenvolve mais de um tique motor associado a um som vocálico. Confira no vídeo acima imagens de pessoas que sofrem da Síndrome de Tourette.
Estudos sugerem que mais de 40% dos portadores da doença neuropsiquiátrica também apresentam "toc" (transtorno obsessivo-compulsivo) e cerca de 90%, sintomas obsessivos. Mas atenção: somente um médico pode dar um diagnóstico. O Mais Você conversou com a psiquiatra Ana Hounie, que publicou livros e estudos relacionados com o assunto para entender um pouco melhor essa condição.
O que é tique?
É um movimento involuntário que a pessoa faz completamente sem querer ou depois de sentir uma sensação estranha. Ele tem que descarregar. É difícil de controlar, mas pode ser controlada por pouco tempo. Se for muito intenso ou se a pessoa tiver mais de um tique e eles atrapalhem a rotina, a gente chama de doença. Os mais comuns são os simples que envolvem um grupo muscular, piscar os olhos, fazer caretas, levantar o ombro. Esses são todos tiques motores. Os tiques vocais são barulhos simples como pigarrear ou repetir uma silaba.

Síndrome de Tourette
Ela é identificada quando a pessoa tem tiques motores e vocais. As pessoas podem ter só tiques motores, só tiques vocais ou as duas coisas juntas. Quando ela tem os tiques motores e vocais a gente chama isso de Síndrome de Tourette.
Tiques x hábitos
Os hábitos, por exemplo, de chupar o dedo, roer a unha, ficar enrolando o cabelo, são comportamentos que a pessoa incorpora ao seu dia a dia, mas ela não tem a necessidade de fazer. Quando tem a necessidade de fazer, ou seja, se ela não fizer ela vai ficar ansiosa, já é uma coisa mais patológica, pode ser um problema de ansiedade. Por exemplo, uma pessoa que usa óculos e sente alguma coisa escorregando no nariz, ela empurra os óculos para que ele não caia. Esse movimento pode se transformar em um tique e a pessoa continua fazendo isso mesmo que ela não esteja usando os óculos. Esse hábito pode se transformar em um tique.
Gagueira é tique?
A gagueira não e um tique, é uma disfluência da fala, ou seja uma alteração na fluência da fala. A pessoa que é gaga, em geral, ao gaguejar pode piscar os olhos, balançar um pouco a cabeça e, às vezes, se confunde com tiques mas são coisas diferentes.
Tique tem cura?
Tem tratamento. O desaparecimento completo dos tiques acontece em uma porcentagem pequena. Quando a gente fala no curso normal dos tiques, a gente considera que um terço das crianças que começam a ter tiques na infância vão ficar sem tiques na vida adulta. Ou seja, dois terços vão permanecer ou do mesmo jeito ou melhores. Apenas um terço vai ficar sem tiques e isso independe de tratamento, é o curso natural da doença. Com tratamento a gente consegue um bom controle dos tiques. Esses casos raros que são muito graves têm que partir para cirurgias cerebrais e alternativas terapêuticas, até experimentais.


SUGESTÃO DE FILME: O PRIMEIRO DA CLASSE!

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domingo, 5 de janeiro de 2014

INTELIGÊNCIA DENTRO DO ESPECTRO AUTISTA (Um pouco mais sobre inteligência)

Por Leonardo Ricardo dos Santos 

INTELIGÊNCIA DENTRO DO ESPECTRO AUTISTA (Um pouco mais sobre inteligência)

Muitas pessoas pensam que a inteligência fora do padrão normal ou deficiência mental, define o autismo como um todo, porém isto não é verdade. Muitas pessoas com superdotação por exemplo, não são portadores da Síndrome de Asperger/autismo de alto funcionamento, igualmente quem possui uma inteligência afetada, que não define categoricamente o autismo severo como um todo.
Nossos pesquisadores estão analisando, eles questionam qual é a causa destas ''altas habilidades'' dentro do autismo. Enquanto alguns autistas podem possuir capacidade para criar teorias por conta própria, ou seja, são muito teóricos, outros são bom matemáticos, podendo criar cálculos grandes e complexos. como raízes quadrada, cúbica, logaritimos, polinômios, decimais, etc. 
Uma pessoa com autismo pode ter facilidade para criar um grande texto, muitas vezes com grande precisão, algo inexplicável para a ciência. São bastante focados em um assunto específico e possui facilidade de aprender naquela área em que ele mostra interesse.
Agora, imaginamos alguns portadores de autismo com inteligência comprometida. Muitas vezes, as crianças com autismo, demoram muito tempo para se alfabetizarem, devido a sua quantidade de QI estar abaixo da média. Muitos pais questionam a respeito, procurando saber o porque que isto aconteceu justamente com os seus filhos. Isto ainda é um mistério, um enigma.
Especialistas até questionam, procurando saber o porque que enquanto alguns portadores de autismo, possuem habilidades geniais, ou uma inteligência fora do comum, outros portadores de autismo, não conseguem nem falar, ou demoram para se alfabetizar. Querem saber o porque que existem desigualdades na intelectualidade de cada pessoa com autismo. Um desafio, tanto para as famílias, quanto aos especialistas!



quinta-feira, 28 de novembro de 2013

VOCÊ SABE O QUE É SAVANTISMO???????

Savantismo

18/08/2013 - Juliana Miranda
O savantismo é um tipo de síndrome caracterizada pelo desenvolvimento de uma memória espetacular. As pessoas que apresentam a Síndrome de Savant intrigam os médicos e pesquisadores.

O savantismo é comum em cerca de 10% dos autistas do mundo. Nesses casos clínicos, os autistas apresentam uma memória tão boa, que são capazes de decorar livros inteiros, aprender diversos idiomas, decorar partituras de músicas e até desenvolver uma inteligência acima da média.

Apesar dessa super inteligência misteriosa, os portadores da síndrome apresentam muita dificuldade de comunicação, interação social e desenvolvimento.

Existem casos clínicos registrados de portadores da Síndrome de Savant que aprenderam a ler aos 2 anos de idade. Os relatos já foram apresentados em livros, filmes e documentários de tv.

O savantismo foi diagnosticado e estudado pela primeira vez pelo médico psiquiatra John Langdon Down, em 1887. Esse médico ficou famoso também por ter identificado a Sindrome de Down.

Em seus primeiros estudos sobre o savantismo, Down apresentou à sociedade médica de Londres o diagnóstico que ele chamou de "idiots savants", ou sábios idiotas. Desde a descoberta da síndrome, muitos estudos foram feitos para tentar explicar os motivos que levam uma pessoa a desenvolver o savantismo.

Alguns pesquisadores acreditam que a síndrome tenha relação com algum dano no hemisfério esquerdo do cérebro. As super habilidades dos portadores da síndrome estão englobadas nas áreas da música, da pintura, do desenho e dos cálculos matemáticos.

O savantismo costuma causar danos ao cérebro, pois deixa os pacientes sem a memória consciente. Assim, os portadores da síndrome fazem atividades cerebrais consideradas fantásticas de uma maneira automática, mas não conseguem sequer reconhecer um rosto.

Muitos gênios da história da humanidade eram savants, entre eles Isaac Newton e Albert Einstein.

domingo, 24 de novembro de 2013

QUEM CUIDARÁ DOS NOSSOS FILHOS?


Minha História - Dalva Tabachi
Quem vai cuidar dele?
Mãe conta em livro as dificuldades e conquistas do filho autista de 32 anos e revela angústia ao pensar em quem cuidará dele no futuro: 'Tenho que viver muito'
RESUMO A empresária Dalva Tabachi, 65, tem quatro filhos. O mais velho, Ricardo, 32, tem autismo e só começou a falar aos cinco anos. Hoje ele trabalha com a mãe na confecção da família, no Rio, toca violão e vai ao cinema com uma amiga. Tudo, segundo Dalva, com muito esforço. Em 2006, com base em anotações do dia a dia do filho, ela lançou o livro "Mãe, me ensina a conversar" (Rocco, 96 págs., R$ 20). Agora lança o segundo livro, "Mãe, eu tenho direito!".
(...) Depoimento a
JULIANA VINES DE SÃO PAULO Percebemos que o Ricardo tinha algum problema com três anos. Ele não falava nada, só repetia "bola, bola, bola". Ficava isolado, não brincava com outras crianças.
Fomos ao pediatra, à psicóloga, à fonoaudióloga. Naquela época, ninguém sabia o que era autismo. Quando eu perguntava o que meu filho tinha, diziam: "Ah, esquece isso". Falavam que ele ia ficar bom.
Mas até o Ricardo ter 12 anos foi horrível. Ele era bem comprometido. Ficava fazendo "hummm" continuamente. Quando ficava nervoso, pulava e se mordia.
A gente sofria preconceito. Quando ele tinha dez anos, em uma viagem de avião, um passageiro pediu que o tirassem do voo, porque ele não ficava quieto, gritava. Com 18 anos, fomos a uma neurologista e perguntei: "Afinal, o que ele tem?". Autismo.
Nessa época ele já estava bem melhor. Tudo com muito esforço, muito choro. Corri atrás de tudo. O que ele podia fazer, fez: aula particular, fonoaudióloga, psicóloga, violão, natação. Não desistimos. Ele tem três irmãos mais novos que sempre o puxavam para a realidade, não deixavam que ele se isolasse.
Quem vê o Ricardo hoje não acredita. Ele fala muito. Claro que ainda tem traços de autismo, o pior deles é a repetição. Ele repete a mesma coisa dez, 20 vezes.
Conta tudo o que comeu, diz tudo o que fez hoje e no dia anterior, avisa dez vezes quando vai dormir. Às vezes, fica remoendo coisas de anos atrás: "Por que fulano puxou a minha orelha um dia?".
Ele não se acerta com números --não entende que duas notas de 20 e quatro de dez são a mesma coisa-- e não entende muito bem o que é quente ou frio: usa blusas no calor, liga o ar-condicionado no frio.
ANDAR SOZINHO
Ele nunca fica sozinho. Não tem como. Tenho uma empregada que mora em casa. Ele espera meu marido e eu até para escovar os dentes, porque tinha mania de escovar tanto que já estava se machucando. Quando demoramos para chegar em casa, ele liga: "Onde vocês estão? Preciso passar fio dental."
A minha maior preocupação é quem vai cuidar do Ricardo no futuro. Já faz muito tempo que penso nisso. Fiquei muito angustiada quando um dos meus filhos se casou. Os irmãos dizem que vão cuidar dele, mas sempre penso que tenho que viver muito. E, para isso, me cuido.
Eu nado no time master do Flamengo, não sou gorda e não como gordura. Tenho que ficar boa, não posso ficar doente. Sempre que vejo um casal sozinho com um filho autista penso: quem vai cuidar dessa criança no futuro?
O Ricardo melhora a cada dia. Ele toca violão direitinho, participa de competições de natação, vai ao cinema todos os sábados e adora ouvir música aos domingos.
Tudo o que ele sabe foi ensinado. A fonoaudióloga explicava o que era o teto, o chão, o nome das coisas.
Ele tem uma memória incrível. Se você disser que hoje é seu aniversário, ele vai lembrar daqui a meses e vai dizer: no ano que vem vai ser numa quinta-feira, porque neste ano foi na quarta.
Antes ele não entrava nas conversas, hoje já puxa papo. Sempre falando uma besteira, o que ele comeu no almoço. Eu o repreendo, digo que não é assim que conversa, e ele pede: "Mãe, me ensina a conversar". Esse foi o título do meu primeiro livro.
O segundo livro se chama "Mãe, eu tenho direito!", porque mais recentemente ele aprendeu a dizer não, a reclamar. Eu digo para ele não comer alguma coisa e ele repete: "Eu tenho direito!".
O que mais dá trabalho hoje é comida. Ele é compulsivo. Na adolescência, engordou. Colocamos ele de dieta e ele emagreceu 18 quilos.
Hoje, o Ricardo trabalha no escritório comigo, atendendo o telefone. No começo, quando ligavam perguntando por mim, ele respondia: "Ela está fazendo xixi."
Ele é supersincero. E não tem muito tato. Quando o avô morreu, saiu gritando "o vovozinho morreu", como se anunciasse um nascimento.
Depois de adolescente, nunca vi o Ricardo chorar. Isso me preocupa às vezes, mas depois penso que ele não tem por que ficar triste, tem tudo o que precisa. Todos gostam dele, ele é muito carismático.
Às vezes fico cansada, principalmente quando ele repete coisas demais. Mas desanimar, não. Se ele chegou onde chegou foi porque não desistimos.

sábado, 19 de outubro de 2013

  

Aposentaria para pessoas com deficiência começa a valer em novembro!!!! 



apesentadoria-para-deficientes
Vai entrar em vigor, a partir do mês que vem — dia 8 de novembro — a lei que concede aposentadoria especial para pessoas com deficiência no Regime Geral de Previdência Social. A proposta foi apresentada em 2005 e foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff em maio deste ano.
A medida determina a redução da idade e do tempo de contribuição para a concessão da aposentadoria ao segurado com deficiência, dependendo de sua gravidade.
De acordo com o texto, o termo se aplica a pessoas com impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais.
Segundo a Lei Complementar, no caso de deficiência grave o tempo de contribuição à Previdência Social é reduzido em dez anos – ficando em 25 anos para homens e 20 para mulheres. Em casos de deficiência moderada, o tempo necessário para a aposentadoria passa a ser de 29 anos para os homens e 24 para as mulheres. Em casos leves, 33 e 28 anos, respectivamente.
O Regional

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

ECOLALIA

Jul
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Ecolalia é a repetição de palavras, frases ou perguntas que muitos autistas apresentam. O ato de repetição pode ocorrer porque a criança quer apenas ouvir sua própria vez, como os bebês fazem ao balbuciar. Pode significar, também que a criança com autismo não entendeu o significado do que foi dito a ela.
A ecolalia é vista por especialistas como um bom sinal. Para incrementar a linguagem da criança, é recomendado que as atividades sejam acompanhadas de comentários. No caso de jogos, por exemplo, é possível dizer o que será feito em seguida ou descrever o que está sendo feito.
É importante saber qual o comentário que a criança já conhece. Todos os comentários devem ser claros e objetivos, e nunca deve-se usar sarcasmo ou ironia. O tom de voz deve ser alegre e expressivo, dando ênfase às palavras principais da frase. Usar frases curtas e simples, dando instruções objetivas, também facilitam a compreensão. Dizer “Tire a roupa e entre no chuveiro” é muito mais eficiente do que “Você brincou bastante hoje e está suado; precisa tomar banho para ficar limpo e cheiroso antes de dormir”. Gestos simples e até linguagem de sinais também podem reforçar a compreensão do que está sendo dito à criança.
Pode-se ainda desenvolver brincadeiras que sejam acompanhadas de frases repetidas a cada ação, como “Preparar, apontar, já!”. Após várias repetições da mesma frase, pode-se ainda não falar a última palavra, para verificar se a criança está acompanhando e se ela mesma lembra-se de dizer a palavra. Músicas curtas e repetitivas também são úteis quando se pretende incrementar a fala da criança autista.
Texto escrito por Silvana Schultze, do blog www.meunomenai.wordpress.com
Baseado em informações da instituição Desafiando el Autismo

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Síndrome de Tourette

Sindrome de Tourette

                                        
Síndrome de Tourette é um distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por tiques múltiplos, motores ou vocais, que persistem por mais de um ano e geralmente se instalam na infância.
Na maioria das vezes, os tiques são de tipos diferentes e variam no decorrer de uma semana ou de um mês para outro. Em geral, eles ocorrem em ondas, com frequência e intensidade variáveis, pioram com o estresse, são independentes dos problemas emocionais e podem estar associados a sintomas obsessivo-compulsivos (TOC) e ao distúrbio de atenção e hiperatividade (TDAH). É possível que existam fatores hereditários comuns a essas três condições. A causa do transtorno ainda é desconhecida.
Sintomas
Em 80% dos casos, os tiques motores são a manifestação inicial da síndrome. Eles incluem piscar, franzir a testa, contrair os músculos da face, balançar a cabeça, contrair em trancos os músculos abdominais ou outros grupos musculares, além de movimentos mais complexos que parecem propositais, como tocar ou bater nos objetos próximos.
São típicos dos tiques vocais os ruídos não articulados, tais como tossir, fungar ou limpar a garganta, e outros em que ocorre emissão parcial ou completa de palavras.
Em menos de 50% dos casos, estão presentes o uso involuntário de palavras (coprolalia) e gestos (copropraxia) obscenos, a formulação de insultos, a repetição de um som, palavra ou frase dita por outra pessoa (ecolalia).
Diagnóstico
O diagnóstico da síndrome de Tourette é essencialmente clínico e deve obedecer aos seguintes critérios: 1) tiques motores múltiplos e um ou mais tiques vocais devem manifestar-se durante algum tempo, mas não necessariamente ao mesmo tempo; 2) os tiques devem ocorrer diversas vezes por dia (geralmente em salva), quase todos os dias ou intermitentemente por um período de pelo menos três meses consecutivos; 3) o quadro deve começar antes dos 18 anos de idade.
Tratamento
A síndrome de Tourette é uma desordem que não tem cura, mas pode ser controlada. Estudos clínicos têm demonstrado a utilidade de uma forma de terapia comportamental cognitiva, conhecida como tratamento de reversão de hábitos. Ela se baseia no treinamento dos pacientes para que monitorem as sensações premonitórias e os tiques, com a finalidade de responder a eles com uma reação voluntária fisicamente incompatível com o tique.
Medicamentos antipsicóticos têm se mostrado úteis na redução da intensidade dos tiques, quando sua repetição se reverte em prejuízo para a autoestima e aceitação social. Em alguns casos de tiques bem localizados, podem ser tentadas aplicações locais de toxina botulínica (botox). Alguns autores defendem que, excepcionalmente, pode ser indicado o tratamento cirúrgico com estimulação cerebral profunda, aplicada em certas áreas do cérebro.
Recomendações
* Não adie a consulta ao médico, se notar que seu filho apresenta alguma forma de movimentos involuntários. Especialmente nas fases iniciais da vida, os portadores precisam de tratamento e não de repreensão.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Lista de atividades para trabalhar com Deficiência Visual

  Encontra-se, a seguir, uma lista de atividades, que o professor poderá usar como ponto de partida ou referência para o trabalho com seu aluno DV, mas que, certamente, será ampliada através do seu conteúdo e experiência próprias e da intenção com a pessoa com a qual ele pretende, especialmente, trabalhar.
    a) colagem como por exemplo, bolinhas de papel que ele mesmo amassa, forma já cortadas em isopor, cartolina, papel camurça, etc (você pode contornar um desenho com barbante para que ele preencha os espaços).
    obs.: para o aluno DV é muito difícil cortar com tesoura, por ser uma atividade que depende muito da visão, por isso as formas devem vir cortadas.
    b) enfiagem.
    c) pintura com giz de cera em espaços delimitados com barbante (* você cola barbante ou "fio urso" no contorno do desenho, que deve ter formas simples para ser mais facilmente percebido pelo aluno).
    Obs.: muitos detalhes e figuras complexas são de difícil percepção pelo ato. Na dúvida, feche seus olhos e tateie o desenho que você fez, para ter noção do grau de dificuldade, e consulte o seu aluno.
    d) trabalhos com massa de modelar, argila ou barro.
    e) construção com toquinhos de madeira (o aluno vai colando um no outro).
    f) construção com toquinhos, raspas de madeira e serragem sobre uma base de papelão.
    g) construção de formas ou figuras humanas com material de sucata, por exemplo: rolos de papel higiênico para montar um palhaço, cujo olho, boca, chapéu, etc., você já entrega cortado para que ele cole.
    h) atividades para trabalhar com o esquema corporal, por exemplo: contornar partes do corpo no papel (mão, pé), confeccionar um boneco, em tamanho natural, com meias finas, enchendo as meias com bolas de jornal amassado, moldando a forma das pernas e quadril numa, noutra o tórax e braços e numa outra a cabeça; vesti-lo com roupas velhas.
    i) pintura a dedo com tinta guache ( você pode trabalhar as cores com ele, ensinando com o que se relaciona cada cor, qual o contraste, a combinação, etc., até para ajudá-lo na escolha do seu vestuário.
    j) mosaico com pedaços de tecido de texturas diferentes.
    k) colagem com flores, folhas e galhos secos.
    l) explorar uma flor natural, mostrando parte por parte e, depois, trabalhar, com colagem, a reprodução de uma flor no papel.
    m) confeccionar objetos de formas diversas, com material variado, por exemplo, porta-copos, quadrinhos, etc.
    n) contornar o desenho de um peixe (ou índio, bandeira nacional, etc) com barbante, dar as escamas cortadas em papel para que eles colem, explicando cada parte do peixe.
    o) fazer esculturas com colagem de bolas de papel de tamanhos diversos.
    p) desenhar com giz de cera sobre uma folha de papel oficio colocada sobre uma prancheta de madeira encapada com tela de mosquiteiro (o que dá um certo relevo - perceptível ao tato - ao que ele desenhou).
    O material que pode ser usado é muito rico; o professor deve, antes de iniciar a atividade proposta, explorá-lo bem com seu aluno, enfatizando a riqueza de detalhes, formas, texturas, cores (para os que vêem cores), beleza. Para o aluno cego, a textura é a "cor" do objeto, pois as diferenças percebidas pelo tato fazem um paralelo com as nuances de cor que a lhe proporcionaria, por isso a textura pode ser ricamente explorada nos trabalhos com DV.
    Se o aluno tem algum resíduo visual, pergunta à ele suas dúvidas sobre como encaminhar melhor as atividades. Isso é válido também para o aluno cego: juntos, você e seus alunos, podem descobrir mil maneiras de trabalhar durante as aulas.
By Sociedade de Assistência aos Cegos

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Plano de Ação Pedagógica ou PIE(Plano Individualizado de Estudo)

PLANO DE AÇÃO PEDAGÓGICA - PAP

PLANO DE AÇÃO PEDAGÓGICA
DEFICIENCIA INTELECTUAL
Sala de Atendimento Educacional Especializado

1 – Introdução

Muito se fala a respeito dos direitos e necessidades das pessoas com Deficiência Intelectual, porém percebe-se que essas pessoas tem encontrado grandes obstáculos para a sua aceitação e participação na sociedade.
A Constituição Federal de 1988 relata que a educação é um direito de todos e dever do Estado e da família, com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o mercado de trabalho. A escola, por sua vez, tem como obrigação atender a todos seguindo os princípios de igualdade, acesso e permanência, liberdade de aprender e ensinar ( artigos 205 e 206).
Assim o direito à escolarização em classes comuns do Ensino Regular deve ser garantido aos alunos com deficiência intelectual, bem como o Atendimento Educacional Especializado nas Salas de Recursos Multifuncionais.
Diante disso, torna-se necessário estar enfatizando o trabalho realizado nas Salas de Recursos, onde a grande variedade de materiais, jogos e recursos pedagógicos podem ser utilizados para a aprendizagem do aluno deficiente intelectual.
Ao dar início as atividades no atendimento Educacional Especializado, na Escola de E.B.R.M, observamos, que os principais casos encontrados em sala de aula é decorrente da deficiência intelectual .
Após o levantamento, teremos 10 alunos que variam do primeiro ano ao nono ano, já alguns requerem atendimento diferenciado e específicos direcionados, outros atendimento em grupo.
Grande parte deste alunos não possuem conhecimentos básicos, encontrando dificuldades extremas nas disciplinas de matemática e de Oralidade. Não conseguem se reportarem a um assunto ou situação vivida de forma eloqüente precisam de ajuda para sequênciar fatos e organiza-los.

Os objetivos gerais que serão aplicados são:
* Realizar atividades que estimulem o desenvolvimento dos processos mentais: atenção, percepção, memória, raciocínio, imaginação, criatividade, linguagem, entre outros;
* Fortalecer a autonomia dos alunos para decidir, opinar, escolher e tomar iniciativas, a partir de suas necessidades e motivações;
* Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física,cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania.

Objetivos Específicos
*Listar cuidados pessoais, e inserir a sua rotina diária, pondo-as em práticas;
* Frizar a importância da leitura e da escrita, da matemática, através do lúdico.
* Promover momentos para as habilidades sociais, unindo escola, família e sociedade.
* Buscar junto a família, professores, atividades e troca de informação que leve a um diálogo na busca de soluções práticas e eficaz.

O presente plano tem como objetivo mostrar o desenvolvimento de estratégias de aprendizagem que favoreçam a construção do conhecimento do aluno deficiente intelectual na Sala de Recursos Multifuncional.

2 – Referencial Teórico

O aluno que apresenta deficiência intelectual tem uma maneira de lidar com o conhecimento, que não condiz com o que a escola determina.
A deficiência intelectual não pode ser considerada uma doença ou um transtorno psiquiátrico, mas sim fatores que causam prejuízo das funções cognitivas que acompanham o desenvolvimento diferente do cérebro.
As deficiências intelectuais variam em um grau de leve a grave diferenciando muito a intervenção da pessoa que trabalha com este aluno.
Pode ser considerado deficiente intelectual as pessoas com funcionamento intelectual tolerável abaixo da média, com manifestação antes dos 18 anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, bem como:
Comunicação;
Cuidado Pessoal;
Saúde e segurança;
Utilização da comunidade;
Habilidades sociais;
Potencialidades acadêmicas;
Trabalho;
Lazer
Existem quatro áreas em que o indivíduo com deficiência intelectual possa apresentar diferenças entre si:
* Na área motora: algumas das crianças com deficiência intelectual leve não apresentam diferenças significativas considerando as crianças ditas “normais”, mas podem apresentar alterações na motricidade fina.
* Na área cognitiva: alguns alunos com deficiência intelectual algumas vezes podem apresentar dificuldades de aprendizagem nos conceitos abstratos, como por exemplo memorização, atenção...
* Na área da Comunicação: Alunos com deficiência intelectual podem encontrar dificuldades na comunicação, acarretando assim dificuldades nas relações intrapessoal.
* Na área sócio-educacional: pode ocorrer em alguns casos a discrepância entre a idade mental e a cronológica. Faz-se necessário juntar esses alunos com alunos da mesma idade cronológica, para aprenderem os comportamentos, valores e atitudes apropriados a suas idades.
Ao trabalhar com um aluno com deficiência intelectual não possui receitas prontas ou manuais de instruções. Temos que ter consciência que cada aluno é único, e que seus potenciais, conhecimento e necessidades precisam ser levados em consideração.
O aluno que possui essa deficiência, possui dificuldade de construir conhecimento, e de mostrar sua capacidade cognitiva, principalmente nas escolas onde o ensino é autoritário. Acentuando e dificultando o crescimento do aluno que possui necessidade especial ou deficiência. Conforme GOMES...

” O caráter meritocrático, homogeneizador e competitivo das escolas tradicionais oprimem o professor, reduzindo-o a uma situação de isolamento e impotência, principalmente frente aos alunos com deficiências mental, pois são aqueles que mais “ entravam” o desenvolvimento do processo escolar, em todos os níveis e séries. Diante da situação, a saída encontrada pela maioria dos professores é desvencilhar-se desses alunos que não acompanham as turmas, encaminhando-os para qualquer outro lugar que supostamente saiba como ensina-los.”(GOMES, p. 16).

Conforme o autor descreve acima, a maneira em que as escolas ensinam é tradicional, e acabam por diminuir o número de professores em situação de isolamento, porque os alunos com deficiência intelectual são os que apresentam maior dificuldade de aprendizagem. Essas dificuldades, o professor se vê impossibilitado de ajudar esses alunos e acaba encaminhando para instituições.
“Aprender é uma ação humana criativa, individual, heterogênea e regulada pelo sujeito da aprendizagem, independentemente de sua condição intelectual ser mais ou menos privilegiada”. (GOMES, 2007; FERNANDES, 2007; BATISTA, 2007; SALUSTIANO, 2007; MANTOAN, 2007; FIGUEIREDO, 2007, p.17).
O ensino regular é o ambiente de aprendizagem, é o espaço onde as pessoas com necessidades especiais possuem acesso ao currículo, possuindo assim o benefício da escolarização, desde que sejam respeitadas e valorizadas as suas diferenças.
Os alunos devem receber o serviço de apoio especializado na escola em período extra classe para auxiliá-los no processo de ensino aprendizagem.
Conforme Gomes....

“ o Atendimento Educacional Especializado para as pessoas com deficiência mental está centrado na dimensão subjetiva do processo de conhecimento. O conhecimento acadêmico refere-se á aprendizagem do conteúdo curricular, o Atendimento Educacional Especializado, por sua vez refere-se á forma pela qual o aluno trata todo e qualquer conteúdo que lhes é apresentado e como consegue significa-lo, ou seja compreende-lo”. ( GOMES, 2007, p.23)

O Atendimento Educacional Especializado, diferente do ensino regular deve abordar o desenvolvimento intelectual, deixando a posição passiva e automatizada para a aquisição ativa do próprio saber.
Como descreve a autora... As salas de recurso multifuncionais são espaços da escola onde é realizada o Atendimento Educacional Especializado para alunos com necessidades educacionais especiais, por meio de desenvolvimento de estratégias de aprendizagem, com base em um novo fazer pedagógico que venha favorecer a construção do conhecimento do próprio aluno, subsidiados para que desenvolva o currículo e ajude na vida escolar. ( ALVES, 2006, p.23).
Conforme a autora citada acima, as Salas de Recursos Multifuncionais é o espaço onde se realiza o Atendimento Educacional Especializado. Nesse espaço devem ser criadas as condições necessárias e liberdade para que o aluno que ali se encontra desenvolva sua criatividade. O professor especializado, deverá dar ao aluno com deficiência intelectual a possibilidade de questionar e modificar sua atitude, buscar soluções, agir com autonomia para alcançar o caminho certo.
Conforme a Convenção de Guatemala, deficiência é uma restrição física, mental ou sensorial que limita a pessoa de exercer suas atividades. Sendo assim o termo já coloca um impasse para o ensino comum, que muitas vezes pelo “rótulo” deixa de prestar um trabalho com o deficiente intelectual achando que o mesmo não tem capacidades ou condições de aprender.
Segundo as autoras... “ A Convenção da Guatemala, internaliza a Constituição Brasileira pelo Decreto nº. 3956/2001 define deficiência como [...] “uma restrição física, mental ou sensorial. De natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social”” ( GOMES, 2007; FERNANDES, 2007; BATISTA, 2007; SALUSTIANO, 2007; MANTOAN, 2007; FIGUEIREDO, 2007, p.14).
O AEE nas Salas de Recursos Multifuncionais irá propiciar condições para que o aluno portador da deficiência intelectual passe a construir sua inteligência, dentro de suas limitações e possibilidades. È fundamental esse atendimento educacional para que o aluno possa construir conhecimento para si próprio, deixando as necessidades da produção acadêmica.


3 – Metodologia
Para realização do Plano de Ação Pedagógica o público alvo são os alunos com deficiência intelectual os quais realizo Atendimento Educacional Especializado na Sala de Recursos Multifuncionais.
Os objetivos deste trabalho é poder desenvolver estratégias para levar o educando ao conhecimento conforme as suas necessidades e possibilidades. Para que o aluno possa adquirir o conhecimento é de extrema importância a utilização de ferramentas como o computador; do lúdico, como jogos e brincadeiras tendo como foco a aprendizagem do educando com Deficiência Intelectual.
Serão trabalhados os conteúdos conforme as necessidades do educando, havendo mudanças sempre que necessário for. Sendo assim trabalhadas:
Linguagem escrita
Linguagem oral
Reflexão e análise sobre a língua.
As estratégias serão modificadas de acordo com as necessidades do educando, andamento e progressos alcançados. Os recursos didáticos serão diversos, que estimulem a criatividade.


4 – Resultados esperados
Com o trabalho realizado na Sala de Recursos, espero estar desenvolvendo os processos mentais como atenção, memória, criatividade e principalmente fortalecer a autonomia do educando para tomar iniciativas, seja na sala de aula, como também em sua vida cotidiana.
O aluno deficiente Intelectual, terá oportunidade de ocupar seu espaço na sociedade e garantir o direito a educação. O ganho será para todos, sejam alunos ou sociedade.


5– Referências
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO,Secretaria de Educação Básica, Indagações sobre Currículo, Currículo e Avaliação. Brasília. Ministério da Educação básica. 2008.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. O processo de integração escolar dos alunos portadores de necessidades educativas especiais no sistema educacional brasileiro. Séries diretrizes nº 11. Brasília: Secretaria de Educação Especial (SEESP), 1995.

Adaptações Curriculares- Estratégias para a Educação de Alunos com Necessidades Educacionais Especias. Brasília: MEC, 1999.
ALVES, D. O. Sala de Recursos Multifuncionais Brasilia: MEC, 2006.
BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais/Ministério da Educação e do Desporto, Brasília: MEC/SEF,1999.
GOMES, A. L. L.& FERNANDES, A. C. & BATISTA, C. A. M. & SALUSTIANO, D. A. & MANTOAN, M. T. E. & DE FIGUEIREDO, R. V. Atendimento Educacional Especializado- Deficiência Mental. São Paulo: MEC/SEESP, 2007.

sábado, 29 de junho de 2013

Comorbidades de Asperger


Comorbidades de Asperger

 

Várias condições são mais comuns entre indivíduos com Síndrome de Asperger.Essas condições são chamadas comorbidades.

depressão
Síndrome de Asperger (SA), é uma das cinco condições encontradas no espectro do autismo é um transtorno do desenvolvimento que afeta principalmente a comunicação social . Há certas co-morbidades que são encontrados com bastante freqüência em indivíduos com Síndrome de Asperger. Essas condições não devem estar presentes a fim de receber um diagnóstico de Síndrome de Asperger, mas um ou mais de um geralmente é encontrada ao lado do diagnóstico como comorbidade.
Transtorno de Processamento sensorial (TPS)
Embora não seja oficialmente uma categoria de diagnóstico no Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM), o transtorno de processamento sensorial é difundido entre todos os indivíduos do espectro do autismo, incluindo aqueles com síndrome de Asperger. Indivíduos com SA são geralmente mais responsivo aos estímulos sensoriais; ruídos altos, roupa áspera e texturas incomuns servem como fontes de irritação entre aqueles com SA.
Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
Segundo um artigo publicado em Medscape, um estudo de crianças com Síndrome de Asperger mostrou que 62,5% dos participantes também apresentaram sintomas clínicos que indicam déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
Ansiedade
A ansiedade é muito comum entre os indivíduos com Síndrome de Asperger. De acordo com Tony Attwood, “Nós sabemos que mais pessoas com transtorno do espectro autista (TEA, por exemplo, síndrome de Asperger, autismo) experimentam ansiedade e depressão mais do que as pessoas que não têm TEA.” A ansiedade pode assumir a forma de transtorno obsessivo-compulsivo, medos específicos e fobias de ansiedades generalizadas.
Depressão
De acordo com um estudo SMHAI, aproximadamente 1 em cada 15 indivíduos com Síndrome de Asperger também satisfazer os critérios diagnósticos para depressão. Não se sabe exatamente o que causa a depressão, mas é provável que seja uma combinação entre a percepção do indivíduo de sua diferença de seus pares e do ostracismo que ocorre a partir destes pares. Bullying é um problema extremamente comum entre os indivíduos com SA, o que o bullying pode muito provavelmente conduzirá a um aumento da taxa de depressão entre a população.
Dispraxia
Às vezes chamado de distúrbio no planejamento motor, dispraxia é visto na grande maioria dos indivíduos com Síndrome de Asperger. Na verdade, falta de destreza motora é tão comum que um modelo de diagnóstico para a Síndrome de Asperger, Gillberg critérios para Transtorno de Asperger, inclui a falta de destreza motora como um sintoma que deve estar presente para que um indivíduo receba um diagnóstico de SA.
 Síndrome de Tourette
Apesar de não ser visto como comumente como sintomas de TDAH e ansiedade, não é raro ver indivíduos com síndrome de Tourette, assim como a Síndrome de Asperger. Síndrome de Tourette é caracterizada por tiques vocais repetitivos e motor.
Estas seis condições existentes no público em geral e na ausência de síndrome de Asperger. No entanto, a taxa de diagnóstico entre os indivíduos com SA é anormalmente elevada quando comparada com aqueles que não estão no espectro. Com o tempo, os cientistas esperam entender melhor a relação entre essas condições.

domingo, 16 de junho de 2013

SÍNDROME DE MARFAN

O que é Síndrome de Marfan?
A síndrome de Marfan é uma doença do tecido conjuntivo, o tecido que fortalece as estruturas do corpo.
As doenças do tecido conjuntivo afetam o sistema esquelético, o sistema cardiovascular, os olhos e a pele.

Causas

A síndrome de Marfan é causada por defeitos em um gene chamado fibrilina-1. A fibrilina-1 desempenha um papel importante como componente do tecido elástico.
O defeito genético também causa crescimento excessivo dos ossos longos do corpo. Isso explica a altura elevada e os braços e pernas longos vistos em pessoas com essa síndrome. Não se sabe bem como esse supercrescimento acontece.
Outras áreas do corpo que são afetadas incluem:
  • Tecido pulmonar
  • A aorta, o principal vaso sanguíneo que leva o sangue do coração para o corpo, pode se esticar ou ficar fraca (o que é chamado de dilatação aórtica ou aneurisma aórtico)
  • Os olhos, o que pode causar catarata e outros problemas
  • A pele
  • O tecido que cobre a medula espinhal
Na maioria dos casos, a síndrome de Marfan é herdada, o que significa que ela passada de geração para geração. No entanto, até 30% dos casos não têm histórico familiar. Esses casos são chamados de "esporádicos". Nos casos esporádicos, acredita-se que a síndrome seja o resultado de um novo defeito genético espontâneo



Sintomas de Síndrome de Marfan
As pessoas com a síndrome de Marfan costumam ser altas com pernas e braços longos e finos e dedos como o de uma aranha -uma doença chamada de aracnodactilia. Quando eles esticam os braços, a envergadura é maior do que a altura.
Outros sintomas incluem:
  • Tórax afundado ou saliente tórax em funil (pectus excavatum) ou peito de pombo (pectus carinatum)
  • Pés chatos
  • Palato muito arqueado ou apinhamento dental
  • Hipotonia
  • Articulações muito flexíveis
  • Problemas de aprendizado
  • Movimento do cristalino do olho em relação à sua posição normal (deslocamento)
  • Miopia
  • Mandíbula inferior pequena (micrognatia)
  • Coluna vertebral curvada para um lado (escoliose)
  • Rosto fino e estreito

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