quinta-feira, 28 de novembro de 2013

VOCÊ SABE O QUE É SAVANTISMO???????

Savantismo

18/08/2013 - Juliana Miranda
O savantismo é um tipo de síndrome caracterizada pelo desenvolvimento de uma memória espetacular. As pessoas que apresentam a Síndrome de Savant intrigam os médicos e pesquisadores.

O savantismo é comum em cerca de 10% dos autistas do mundo. Nesses casos clínicos, os autistas apresentam uma memória tão boa, que são capazes de decorar livros inteiros, aprender diversos idiomas, decorar partituras de músicas e até desenvolver uma inteligência acima da média.

Apesar dessa super inteligência misteriosa, os portadores da síndrome apresentam muita dificuldade de comunicação, interação social e desenvolvimento.

Existem casos clínicos registrados de portadores da Síndrome de Savant que aprenderam a ler aos 2 anos de idade. Os relatos já foram apresentados em livros, filmes e documentários de tv.

O savantismo foi diagnosticado e estudado pela primeira vez pelo médico psiquiatra John Langdon Down, em 1887. Esse médico ficou famoso também por ter identificado a Sindrome de Down.

Em seus primeiros estudos sobre o savantismo, Down apresentou à sociedade médica de Londres o diagnóstico que ele chamou de "idiots savants", ou sábios idiotas. Desde a descoberta da síndrome, muitos estudos foram feitos para tentar explicar os motivos que levam uma pessoa a desenvolver o savantismo.

Alguns pesquisadores acreditam que a síndrome tenha relação com algum dano no hemisfério esquerdo do cérebro. As super habilidades dos portadores da síndrome estão englobadas nas áreas da música, da pintura, do desenho e dos cálculos matemáticos.

O savantismo costuma causar danos ao cérebro, pois deixa os pacientes sem a memória consciente. Assim, os portadores da síndrome fazem atividades cerebrais consideradas fantásticas de uma maneira automática, mas não conseguem sequer reconhecer um rosto.

Muitos gênios da história da humanidade eram savants, entre eles Isaac Newton e Albert Einstein.

domingo, 24 de novembro de 2013

QUEM CUIDARÁ DOS NOSSOS FILHOS?


Minha História - Dalva Tabachi
Quem vai cuidar dele?
Mãe conta em livro as dificuldades e conquistas do filho autista de 32 anos e revela angústia ao pensar em quem cuidará dele no futuro: 'Tenho que viver muito'
RESUMO A empresária Dalva Tabachi, 65, tem quatro filhos. O mais velho, Ricardo, 32, tem autismo e só começou a falar aos cinco anos. Hoje ele trabalha com a mãe na confecção da família, no Rio, toca violão e vai ao cinema com uma amiga. Tudo, segundo Dalva, com muito esforço. Em 2006, com base em anotações do dia a dia do filho, ela lançou o livro "Mãe, me ensina a conversar" (Rocco, 96 págs., R$ 20). Agora lança o segundo livro, "Mãe, eu tenho direito!".
(...) Depoimento a
JULIANA VINES DE SÃO PAULO Percebemos que o Ricardo tinha algum problema com três anos. Ele não falava nada, só repetia "bola, bola, bola". Ficava isolado, não brincava com outras crianças.
Fomos ao pediatra, à psicóloga, à fonoaudióloga. Naquela época, ninguém sabia o que era autismo. Quando eu perguntava o que meu filho tinha, diziam: "Ah, esquece isso". Falavam que ele ia ficar bom.
Mas até o Ricardo ter 12 anos foi horrível. Ele era bem comprometido. Ficava fazendo "hummm" continuamente. Quando ficava nervoso, pulava e se mordia.
A gente sofria preconceito. Quando ele tinha dez anos, em uma viagem de avião, um passageiro pediu que o tirassem do voo, porque ele não ficava quieto, gritava. Com 18 anos, fomos a uma neurologista e perguntei: "Afinal, o que ele tem?". Autismo.
Nessa época ele já estava bem melhor. Tudo com muito esforço, muito choro. Corri atrás de tudo. O que ele podia fazer, fez: aula particular, fonoaudióloga, psicóloga, violão, natação. Não desistimos. Ele tem três irmãos mais novos que sempre o puxavam para a realidade, não deixavam que ele se isolasse.
Quem vê o Ricardo hoje não acredita. Ele fala muito. Claro que ainda tem traços de autismo, o pior deles é a repetição. Ele repete a mesma coisa dez, 20 vezes.
Conta tudo o que comeu, diz tudo o que fez hoje e no dia anterior, avisa dez vezes quando vai dormir. Às vezes, fica remoendo coisas de anos atrás: "Por que fulano puxou a minha orelha um dia?".
Ele não se acerta com números --não entende que duas notas de 20 e quatro de dez são a mesma coisa-- e não entende muito bem o que é quente ou frio: usa blusas no calor, liga o ar-condicionado no frio.
ANDAR SOZINHO
Ele nunca fica sozinho. Não tem como. Tenho uma empregada que mora em casa. Ele espera meu marido e eu até para escovar os dentes, porque tinha mania de escovar tanto que já estava se machucando. Quando demoramos para chegar em casa, ele liga: "Onde vocês estão? Preciso passar fio dental."
A minha maior preocupação é quem vai cuidar do Ricardo no futuro. Já faz muito tempo que penso nisso. Fiquei muito angustiada quando um dos meus filhos se casou. Os irmãos dizem que vão cuidar dele, mas sempre penso que tenho que viver muito. E, para isso, me cuido.
Eu nado no time master do Flamengo, não sou gorda e não como gordura. Tenho que ficar boa, não posso ficar doente. Sempre que vejo um casal sozinho com um filho autista penso: quem vai cuidar dessa criança no futuro?
O Ricardo melhora a cada dia. Ele toca violão direitinho, participa de competições de natação, vai ao cinema todos os sábados e adora ouvir música aos domingos.
Tudo o que ele sabe foi ensinado. A fonoaudióloga explicava o que era o teto, o chão, o nome das coisas.
Ele tem uma memória incrível. Se você disser que hoje é seu aniversário, ele vai lembrar daqui a meses e vai dizer: no ano que vem vai ser numa quinta-feira, porque neste ano foi na quarta.
Antes ele não entrava nas conversas, hoje já puxa papo. Sempre falando uma besteira, o que ele comeu no almoço. Eu o repreendo, digo que não é assim que conversa, e ele pede: "Mãe, me ensina a conversar". Esse foi o título do meu primeiro livro.
O segundo livro se chama "Mãe, eu tenho direito!", porque mais recentemente ele aprendeu a dizer não, a reclamar. Eu digo para ele não comer alguma coisa e ele repete: "Eu tenho direito!".
O que mais dá trabalho hoje é comida. Ele é compulsivo. Na adolescência, engordou. Colocamos ele de dieta e ele emagreceu 18 quilos.
Hoje, o Ricardo trabalha no escritório comigo, atendendo o telefone. No começo, quando ligavam perguntando por mim, ele respondia: "Ela está fazendo xixi."
Ele é supersincero. E não tem muito tato. Quando o avô morreu, saiu gritando "o vovozinho morreu", como se anunciasse um nascimento.
Depois de adolescente, nunca vi o Ricardo chorar. Isso me preocupa às vezes, mas depois penso que ele não tem por que ficar triste, tem tudo o que precisa. Todos gostam dele, ele é muito carismático.
Às vezes fico cansada, principalmente quando ele repete coisas demais. Mas desanimar, não. Se ele chegou onde chegou foi porque não desistimos.

sábado, 19 de outubro de 2013

  

Aposentaria para pessoas com deficiência começa a valer em novembro!!!! 



apesentadoria-para-deficientes
Vai entrar em vigor, a partir do mês que vem — dia 8 de novembro — a lei que concede aposentadoria especial para pessoas com deficiência no Regime Geral de Previdência Social. A proposta foi apresentada em 2005 e foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff em maio deste ano.
A medida determina a redução da idade e do tempo de contribuição para a concessão da aposentadoria ao segurado com deficiência, dependendo de sua gravidade.
De acordo com o texto, o termo se aplica a pessoas com impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais.
Segundo a Lei Complementar, no caso de deficiência grave o tempo de contribuição à Previdência Social é reduzido em dez anos – ficando em 25 anos para homens e 20 para mulheres. Em casos de deficiência moderada, o tempo necessário para a aposentadoria passa a ser de 29 anos para os homens e 24 para as mulheres. Em casos leves, 33 e 28 anos, respectivamente.
O Regional

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

ECOLALIA

Jul
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Ecolalia é a repetição de palavras, frases ou perguntas que muitos autistas apresentam. O ato de repetição pode ocorrer porque a criança quer apenas ouvir sua própria vez, como os bebês fazem ao balbuciar. Pode significar, também que a criança com autismo não entendeu o significado do que foi dito a ela.
A ecolalia é vista por especialistas como um bom sinal. Para incrementar a linguagem da criança, é recomendado que as atividades sejam acompanhadas de comentários. No caso de jogos, por exemplo, é possível dizer o que será feito em seguida ou descrever o que está sendo feito.
É importante saber qual o comentário que a criança já conhece. Todos os comentários devem ser claros e objetivos, e nunca deve-se usar sarcasmo ou ironia. O tom de voz deve ser alegre e expressivo, dando ênfase às palavras principais da frase. Usar frases curtas e simples, dando instruções objetivas, também facilitam a compreensão. Dizer “Tire a roupa e entre no chuveiro” é muito mais eficiente do que “Você brincou bastante hoje e está suado; precisa tomar banho para ficar limpo e cheiroso antes de dormir”. Gestos simples e até linguagem de sinais também podem reforçar a compreensão do que está sendo dito à criança.
Pode-se ainda desenvolver brincadeiras que sejam acompanhadas de frases repetidas a cada ação, como “Preparar, apontar, já!”. Após várias repetições da mesma frase, pode-se ainda não falar a última palavra, para verificar se a criança está acompanhando e se ela mesma lembra-se de dizer a palavra. Músicas curtas e repetitivas também são úteis quando se pretende incrementar a fala da criança autista.
Texto escrito por Silvana Schultze, do blog www.meunomenai.wordpress.com
Baseado em informações da instituição Desafiando el Autismo

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Síndrome de Tourette

Sindrome de Tourette

                                        
Síndrome de Tourette é um distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por tiques múltiplos, motores ou vocais, que persistem por mais de um ano e geralmente se instalam na infância.
Na maioria das vezes, os tiques são de tipos diferentes e variam no decorrer de uma semana ou de um mês para outro. Em geral, eles ocorrem em ondas, com frequência e intensidade variáveis, pioram com o estresse, são independentes dos problemas emocionais e podem estar associados a sintomas obsessivo-compulsivos (TOC) e ao distúrbio de atenção e hiperatividade (TDAH). É possível que existam fatores hereditários comuns a essas três condições. A causa do transtorno ainda é desconhecida.
Sintomas
Em 80% dos casos, os tiques motores são a manifestação inicial da síndrome. Eles incluem piscar, franzir a testa, contrair os músculos da face, balançar a cabeça, contrair em trancos os músculos abdominais ou outros grupos musculares, além de movimentos mais complexos que parecem propositais, como tocar ou bater nos objetos próximos.
São típicos dos tiques vocais os ruídos não articulados, tais como tossir, fungar ou limpar a garganta, e outros em que ocorre emissão parcial ou completa de palavras.
Em menos de 50% dos casos, estão presentes o uso involuntário de palavras (coprolalia) e gestos (copropraxia) obscenos, a formulação de insultos, a repetição de um som, palavra ou frase dita por outra pessoa (ecolalia).
Diagnóstico
O diagnóstico da síndrome de Tourette é essencialmente clínico e deve obedecer aos seguintes critérios: 1) tiques motores múltiplos e um ou mais tiques vocais devem manifestar-se durante algum tempo, mas não necessariamente ao mesmo tempo; 2) os tiques devem ocorrer diversas vezes por dia (geralmente em salva), quase todos os dias ou intermitentemente por um período de pelo menos três meses consecutivos; 3) o quadro deve começar antes dos 18 anos de idade.
Tratamento
A síndrome de Tourette é uma desordem que não tem cura, mas pode ser controlada. Estudos clínicos têm demonstrado a utilidade de uma forma de terapia comportamental cognitiva, conhecida como tratamento de reversão de hábitos. Ela se baseia no treinamento dos pacientes para que monitorem as sensações premonitórias e os tiques, com a finalidade de responder a eles com uma reação voluntária fisicamente incompatível com o tique.
Medicamentos antipsicóticos têm se mostrado úteis na redução da intensidade dos tiques, quando sua repetição se reverte em prejuízo para a autoestima e aceitação social. Em alguns casos de tiques bem localizados, podem ser tentadas aplicações locais de toxina botulínica (botox). Alguns autores defendem que, excepcionalmente, pode ser indicado o tratamento cirúrgico com estimulação cerebral profunda, aplicada em certas áreas do cérebro.
Recomendações
* Não adie a consulta ao médico, se notar que seu filho apresenta alguma forma de movimentos involuntários. Especialmente nas fases iniciais da vida, os portadores precisam de tratamento e não de repreensão.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Lista de atividades para trabalhar com Deficiência Visual

  Encontra-se, a seguir, uma lista de atividades, que o professor poderá usar como ponto de partida ou referência para o trabalho com seu aluno DV, mas que, certamente, será ampliada através do seu conteúdo e experiência próprias e da intenção com a pessoa com a qual ele pretende, especialmente, trabalhar.
    a) colagem como por exemplo, bolinhas de papel que ele mesmo amassa, forma já cortadas em isopor, cartolina, papel camurça, etc (você pode contornar um desenho com barbante para que ele preencha os espaços).
    obs.: para o aluno DV é muito difícil cortar com tesoura, por ser uma atividade que depende muito da visão, por isso as formas devem vir cortadas.
    b) enfiagem.
    c) pintura com giz de cera em espaços delimitados com barbante (* você cola barbante ou "fio urso" no contorno do desenho, que deve ter formas simples para ser mais facilmente percebido pelo aluno).
    Obs.: muitos detalhes e figuras complexas são de difícil percepção pelo ato. Na dúvida, feche seus olhos e tateie o desenho que você fez, para ter noção do grau de dificuldade, e consulte o seu aluno.
    d) trabalhos com massa de modelar, argila ou barro.
    e) construção com toquinhos de madeira (o aluno vai colando um no outro).
    f) construção com toquinhos, raspas de madeira e serragem sobre uma base de papelão.
    g) construção de formas ou figuras humanas com material de sucata, por exemplo: rolos de papel higiênico para montar um palhaço, cujo olho, boca, chapéu, etc., você já entrega cortado para que ele cole.
    h) atividades para trabalhar com o esquema corporal, por exemplo: contornar partes do corpo no papel (mão, pé), confeccionar um boneco, em tamanho natural, com meias finas, enchendo as meias com bolas de jornal amassado, moldando a forma das pernas e quadril numa, noutra o tórax e braços e numa outra a cabeça; vesti-lo com roupas velhas.
    i) pintura a dedo com tinta guache ( você pode trabalhar as cores com ele, ensinando com o que se relaciona cada cor, qual o contraste, a combinação, etc., até para ajudá-lo na escolha do seu vestuário.
    j) mosaico com pedaços de tecido de texturas diferentes.
    k) colagem com flores, folhas e galhos secos.
    l) explorar uma flor natural, mostrando parte por parte e, depois, trabalhar, com colagem, a reprodução de uma flor no papel.
    m) confeccionar objetos de formas diversas, com material variado, por exemplo, porta-copos, quadrinhos, etc.
    n) contornar o desenho de um peixe (ou índio, bandeira nacional, etc) com barbante, dar as escamas cortadas em papel para que eles colem, explicando cada parte do peixe.
    o) fazer esculturas com colagem de bolas de papel de tamanhos diversos.
    p) desenhar com giz de cera sobre uma folha de papel oficio colocada sobre uma prancheta de madeira encapada com tela de mosquiteiro (o que dá um certo relevo - perceptível ao tato - ao que ele desenhou).
    O material que pode ser usado é muito rico; o professor deve, antes de iniciar a atividade proposta, explorá-lo bem com seu aluno, enfatizando a riqueza de detalhes, formas, texturas, cores (para os que vêem cores), beleza. Para o aluno cego, a textura é a "cor" do objeto, pois as diferenças percebidas pelo tato fazem um paralelo com as nuances de cor que a lhe proporcionaria, por isso a textura pode ser ricamente explorada nos trabalhos com DV.
    Se o aluno tem algum resíduo visual, pergunta à ele suas dúvidas sobre como encaminhar melhor as atividades. Isso é válido também para o aluno cego: juntos, você e seus alunos, podem descobrir mil maneiras de trabalhar durante as aulas.
By Sociedade de Assistência aos Cegos

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Plano de Ação Pedagógica ou PIE(Plano Individualizado de Estudo)

PLANO DE AÇÃO PEDAGÓGICA - PAP

PLANO DE AÇÃO PEDAGÓGICA
DEFICIENCIA INTELECTUAL
Sala de Atendimento Educacional Especializado

1 – Introdução

Muito se fala a respeito dos direitos e necessidades das pessoas com Deficiência Intelectual, porém percebe-se que essas pessoas tem encontrado grandes obstáculos para a sua aceitação e participação na sociedade.
A Constituição Federal de 1988 relata que a educação é um direito de todos e dever do Estado e da família, com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o mercado de trabalho. A escola, por sua vez, tem como obrigação atender a todos seguindo os princípios de igualdade, acesso e permanência, liberdade de aprender e ensinar ( artigos 205 e 206).
Assim o direito à escolarização em classes comuns do Ensino Regular deve ser garantido aos alunos com deficiência intelectual, bem como o Atendimento Educacional Especializado nas Salas de Recursos Multifuncionais.
Diante disso, torna-se necessário estar enfatizando o trabalho realizado nas Salas de Recursos, onde a grande variedade de materiais, jogos e recursos pedagógicos podem ser utilizados para a aprendizagem do aluno deficiente intelectual.
Ao dar início as atividades no atendimento Educacional Especializado, na Escola de E.B.R.M, observamos, que os principais casos encontrados em sala de aula é decorrente da deficiência intelectual .
Após o levantamento, teremos 10 alunos que variam do primeiro ano ao nono ano, já alguns requerem atendimento diferenciado e específicos direcionados, outros atendimento em grupo.
Grande parte deste alunos não possuem conhecimentos básicos, encontrando dificuldades extremas nas disciplinas de matemática e de Oralidade. Não conseguem se reportarem a um assunto ou situação vivida de forma eloqüente precisam de ajuda para sequênciar fatos e organiza-los.

Os objetivos gerais que serão aplicados são:
* Realizar atividades que estimulem o desenvolvimento dos processos mentais: atenção, percepção, memória, raciocínio, imaginação, criatividade, linguagem, entre outros;
* Fortalecer a autonomia dos alunos para decidir, opinar, escolher e tomar iniciativas, a partir de suas necessidades e motivações;
* Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física,cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania.

Objetivos Específicos
*Listar cuidados pessoais, e inserir a sua rotina diária, pondo-as em práticas;
* Frizar a importância da leitura e da escrita, da matemática, através do lúdico.
* Promover momentos para as habilidades sociais, unindo escola, família e sociedade.
* Buscar junto a família, professores, atividades e troca de informação que leve a um diálogo na busca de soluções práticas e eficaz.

O presente plano tem como objetivo mostrar o desenvolvimento de estratégias de aprendizagem que favoreçam a construção do conhecimento do aluno deficiente intelectual na Sala de Recursos Multifuncional.

2 – Referencial Teórico

O aluno que apresenta deficiência intelectual tem uma maneira de lidar com o conhecimento, que não condiz com o que a escola determina.
A deficiência intelectual não pode ser considerada uma doença ou um transtorno psiquiátrico, mas sim fatores que causam prejuízo das funções cognitivas que acompanham o desenvolvimento diferente do cérebro.
As deficiências intelectuais variam em um grau de leve a grave diferenciando muito a intervenção da pessoa que trabalha com este aluno.
Pode ser considerado deficiente intelectual as pessoas com funcionamento intelectual tolerável abaixo da média, com manifestação antes dos 18 anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, bem como:
Comunicação;
Cuidado Pessoal;
Saúde e segurança;
Utilização da comunidade;
Habilidades sociais;
Potencialidades acadêmicas;
Trabalho;
Lazer
Existem quatro áreas em que o indivíduo com deficiência intelectual possa apresentar diferenças entre si:
* Na área motora: algumas das crianças com deficiência intelectual leve não apresentam diferenças significativas considerando as crianças ditas “normais”, mas podem apresentar alterações na motricidade fina.
* Na área cognitiva: alguns alunos com deficiência intelectual algumas vezes podem apresentar dificuldades de aprendizagem nos conceitos abstratos, como por exemplo memorização, atenção...
* Na área da Comunicação: Alunos com deficiência intelectual podem encontrar dificuldades na comunicação, acarretando assim dificuldades nas relações intrapessoal.
* Na área sócio-educacional: pode ocorrer em alguns casos a discrepância entre a idade mental e a cronológica. Faz-se necessário juntar esses alunos com alunos da mesma idade cronológica, para aprenderem os comportamentos, valores e atitudes apropriados a suas idades.
Ao trabalhar com um aluno com deficiência intelectual não possui receitas prontas ou manuais de instruções. Temos que ter consciência que cada aluno é único, e que seus potenciais, conhecimento e necessidades precisam ser levados em consideração.
O aluno que possui essa deficiência, possui dificuldade de construir conhecimento, e de mostrar sua capacidade cognitiva, principalmente nas escolas onde o ensino é autoritário. Acentuando e dificultando o crescimento do aluno que possui necessidade especial ou deficiência. Conforme GOMES...

” O caráter meritocrático, homogeneizador e competitivo das escolas tradicionais oprimem o professor, reduzindo-o a uma situação de isolamento e impotência, principalmente frente aos alunos com deficiências mental, pois são aqueles que mais “ entravam” o desenvolvimento do processo escolar, em todos os níveis e séries. Diante da situação, a saída encontrada pela maioria dos professores é desvencilhar-se desses alunos que não acompanham as turmas, encaminhando-os para qualquer outro lugar que supostamente saiba como ensina-los.”(GOMES, p. 16).

Conforme o autor descreve acima, a maneira em que as escolas ensinam é tradicional, e acabam por diminuir o número de professores em situação de isolamento, porque os alunos com deficiência intelectual são os que apresentam maior dificuldade de aprendizagem. Essas dificuldades, o professor se vê impossibilitado de ajudar esses alunos e acaba encaminhando para instituições.
“Aprender é uma ação humana criativa, individual, heterogênea e regulada pelo sujeito da aprendizagem, independentemente de sua condição intelectual ser mais ou menos privilegiada”. (GOMES, 2007; FERNANDES, 2007; BATISTA, 2007; SALUSTIANO, 2007; MANTOAN, 2007; FIGUEIREDO, 2007, p.17).
O ensino regular é o ambiente de aprendizagem, é o espaço onde as pessoas com necessidades especiais possuem acesso ao currículo, possuindo assim o benefício da escolarização, desde que sejam respeitadas e valorizadas as suas diferenças.
Os alunos devem receber o serviço de apoio especializado na escola em período extra classe para auxiliá-los no processo de ensino aprendizagem.
Conforme Gomes....

“ o Atendimento Educacional Especializado para as pessoas com deficiência mental está centrado na dimensão subjetiva do processo de conhecimento. O conhecimento acadêmico refere-se á aprendizagem do conteúdo curricular, o Atendimento Educacional Especializado, por sua vez refere-se á forma pela qual o aluno trata todo e qualquer conteúdo que lhes é apresentado e como consegue significa-lo, ou seja compreende-lo”. ( GOMES, 2007, p.23)

O Atendimento Educacional Especializado, diferente do ensino regular deve abordar o desenvolvimento intelectual, deixando a posição passiva e automatizada para a aquisição ativa do próprio saber.
Como descreve a autora... As salas de recurso multifuncionais são espaços da escola onde é realizada o Atendimento Educacional Especializado para alunos com necessidades educacionais especiais, por meio de desenvolvimento de estratégias de aprendizagem, com base em um novo fazer pedagógico que venha favorecer a construção do conhecimento do próprio aluno, subsidiados para que desenvolva o currículo e ajude na vida escolar. ( ALVES, 2006, p.23).
Conforme a autora citada acima, as Salas de Recursos Multifuncionais é o espaço onde se realiza o Atendimento Educacional Especializado. Nesse espaço devem ser criadas as condições necessárias e liberdade para que o aluno que ali se encontra desenvolva sua criatividade. O professor especializado, deverá dar ao aluno com deficiência intelectual a possibilidade de questionar e modificar sua atitude, buscar soluções, agir com autonomia para alcançar o caminho certo.
Conforme a Convenção de Guatemala, deficiência é uma restrição física, mental ou sensorial que limita a pessoa de exercer suas atividades. Sendo assim o termo já coloca um impasse para o ensino comum, que muitas vezes pelo “rótulo” deixa de prestar um trabalho com o deficiente intelectual achando que o mesmo não tem capacidades ou condições de aprender.
Segundo as autoras... “ A Convenção da Guatemala, internaliza a Constituição Brasileira pelo Decreto nº. 3956/2001 define deficiência como [...] “uma restrição física, mental ou sensorial. De natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social”” ( GOMES, 2007; FERNANDES, 2007; BATISTA, 2007; SALUSTIANO, 2007; MANTOAN, 2007; FIGUEIREDO, 2007, p.14).
O AEE nas Salas de Recursos Multifuncionais irá propiciar condições para que o aluno portador da deficiência intelectual passe a construir sua inteligência, dentro de suas limitações e possibilidades. È fundamental esse atendimento educacional para que o aluno possa construir conhecimento para si próprio, deixando as necessidades da produção acadêmica.


3 – Metodologia
Para realização do Plano de Ação Pedagógica o público alvo são os alunos com deficiência intelectual os quais realizo Atendimento Educacional Especializado na Sala de Recursos Multifuncionais.
Os objetivos deste trabalho é poder desenvolver estratégias para levar o educando ao conhecimento conforme as suas necessidades e possibilidades. Para que o aluno possa adquirir o conhecimento é de extrema importância a utilização de ferramentas como o computador; do lúdico, como jogos e brincadeiras tendo como foco a aprendizagem do educando com Deficiência Intelectual.
Serão trabalhados os conteúdos conforme as necessidades do educando, havendo mudanças sempre que necessário for. Sendo assim trabalhadas:
Linguagem escrita
Linguagem oral
Reflexão e análise sobre a língua.
As estratégias serão modificadas de acordo com as necessidades do educando, andamento e progressos alcançados. Os recursos didáticos serão diversos, que estimulem a criatividade.


4 – Resultados esperados
Com o trabalho realizado na Sala de Recursos, espero estar desenvolvendo os processos mentais como atenção, memória, criatividade e principalmente fortalecer a autonomia do educando para tomar iniciativas, seja na sala de aula, como também em sua vida cotidiana.
O aluno deficiente Intelectual, terá oportunidade de ocupar seu espaço na sociedade e garantir o direito a educação. O ganho será para todos, sejam alunos ou sociedade.


5– Referências
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO,Secretaria de Educação Básica, Indagações sobre Currículo, Currículo e Avaliação. Brasília. Ministério da Educação básica. 2008.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. O processo de integração escolar dos alunos portadores de necessidades educativas especiais no sistema educacional brasileiro. Séries diretrizes nº 11. Brasília: Secretaria de Educação Especial (SEESP), 1995.

Adaptações Curriculares- Estratégias para a Educação de Alunos com Necessidades Educacionais Especias. Brasília: MEC, 1999.
ALVES, D. O. Sala de Recursos Multifuncionais Brasilia: MEC, 2006.
BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais/Ministério da Educação e do Desporto, Brasília: MEC/SEF,1999.
GOMES, A. L. L.& FERNANDES, A. C. & BATISTA, C. A. M. & SALUSTIANO, D. A. & MANTOAN, M. T. E. & DE FIGUEIREDO, R. V. Atendimento Educacional Especializado- Deficiência Mental. São Paulo: MEC/SEESP, 2007.

sábado, 29 de junho de 2013

Comorbidades de Asperger


Comorbidades de Asperger

 

Várias condições são mais comuns entre indivíduos com Síndrome de Asperger.Essas condições são chamadas comorbidades.

depressão
Síndrome de Asperger (SA), é uma das cinco condições encontradas no espectro do autismo é um transtorno do desenvolvimento que afeta principalmente a comunicação social . Há certas co-morbidades que são encontrados com bastante freqüência em indivíduos com Síndrome de Asperger. Essas condições não devem estar presentes a fim de receber um diagnóstico de Síndrome de Asperger, mas um ou mais de um geralmente é encontrada ao lado do diagnóstico como comorbidade.
Transtorno de Processamento sensorial (TPS)
Embora não seja oficialmente uma categoria de diagnóstico no Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM), o transtorno de processamento sensorial é difundido entre todos os indivíduos do espectro do autismo, incluindo aqueles com síndrome de Asperger. Indivíduos com SA são geralmente mais responsivo aos estímulos sensoriais; ruídos altos, roupa áspera e texturas incomuns servem como fontes de irritação entre aqueles com SA.
Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
Segundo um artigo publicado em Medscape, um estudo de crianças com Síndrome de Asperger mostrou que 62,5% dos participantes também apresentaram sintomas clínicos que indicam déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
Ansiedade
A ansiedade é muito comum entre os indivíduos com Síndrome de Asperger. De acordo com Tony Attwood, “Nós sabemos que mais pessoas com transtorno do espectro autista (TEA, por exemplo, síndrome de Asperger, autismo) experimentam ansiedade e depressão mais do que as pessoas que não têm TEA.” A ansiedade pode assumir a forma de transtorno obsessivo-compulsivo, medos específicos e fobias de ansiedades generalizadas.
Depressão
De acordo com um estudo SMHAI, aproximadamente 1 em cada 15 indivíduos com Síndrome de Asperger também satisfazer os critérios diagnósticos para depressão. Não se sabe exatamente o que causa a depressão, mas é provável que seja uma combinação entre a percepção do indivíduo de sua diferença de seus pares e do ostracismo que ocorre a partir destes pares. Bullying é um problema extremamente comum entre os indivíduos com SA, o que o bullying pode muito provavelmente conduzirá a um aumento da taxa de depressão entre a população.
Dispraxia
Às vezes chamado de distúrbio no planejamento motor, dispraxia é visto na grande maioria dos indivíduos com Síndrome de Asperger. Na verdade, falta de destreza motora é tão comum que um modelo de diagnóstico para a Síndrome de Asperger, Gillberg critérios para Transtorno de Asperger, inclui a falta de destreza motora como um sintoma que deve estar presente para que um indivíduo receba um diagnóstico de SA.
 Síndrome de Tourette
Apesar de não ser visto como comumente como sintomas de TDAH e ansiedade, não é raro ver indivíduos com síndrome de Tourette, assim como a Síndrome de Asperger. Síndrome de Tourette é caracterizada por tiques vocais repetitivos e motor.
Estas seis condições existentes no público em geral e na ausência de síndrome de Asperger. No entanto, a taxa de diagnóstico entre os indivíduos com SA é anormalmente elevada quando comparada com aqueles que não estão no espectro. Com o tempo, os cientistas esperam entender melhor a relação entre essas condições.

domingo, 16 de junho de 2013

SÍNDROME DE MARFAN

O que é Síndrome de Marfan?
A síndrome de Marfan é uma doença do tecido conjuntivo, o tecido que fortalece as estruturas do corpo.
As doenças do tecido conjuntivo afetam o sistema esquelético, o sistema cardiovascular, os olhos e a pele.

Causas

A síndrome de Marfan é causada por defeitos em um gene chamado fibrilina-1. A fibrilina-1 desempenha um papel importante como componente do tecido elástico.
O defeito genético também causa crescimento excessivo dos ossos longos do corpo. Isso explica a altura elevada e os braços e pernas longos vistos em pessoas com essa síndrome. Não se sabe bem como esse supercrescimento acontece.
Outras áreas do corpo que são afetadas incluem:
  • Tecido pulmonar
  • A aorta, o principal vaso sanguíneo que leva o sangue do coração para o corpo, pode se esticar ou ficar fraca (o que é chamado de dilatação aórtica ou aneurisma aórtico)
  • Os olhos, o que pode causar catarata e outros problemas
  • A pele
  • O tecido que cobre a medula espinhal
Na maioria dos casos, a síndrome de Marfan é herdada, o que significa que ela passada de geração para geração. No entanto, até 30% dos casos não têm histórico familiar. Esses casos são chamados de "esporádicos". Nos casos esporádicos, acredita-se que a síndrome seja o resultado de um novo defeito genético espontâneo



Sintomas de Síndrome de Marfan
As pessoas com a síndrome de Marfan costumam ser altas com pernas e braços longos e finos e dedos como o de uma aranha -uma doença chamada de aracnodactilia. Quando eles esticam os braços, a envergadura é maior do que a altura.
Outros sintomas incluem:
  • Tórax afundado ou saliente tórax em funil (pectus excavatum) ou peito de pombo (pectus carinatum)
  • Pés chatos
  • Palato muito arqueado ou apinhamento dental
  • Hipotonia
  • Articulações muito flexíveis
  • Problemas de aprendizado
  • Movimento do cristalino do olho em relação à sua posição normal (deslocamento)
  • Miopia
  • Mandíbula inferior pequena (micrognatia)
  • Coluna vertebral curvada para um lado (escoliose)
  • Rosto fino e estreito

terça-feira, 4 de junho de 2013

Modelos de pareceres descritivos

SUGESTÃO DE PARECER DESCRITIVO

O fazer pedagógico, aqui representado baseia-se principalmente, nas várias atividades que propõe, de que a criança ao enfrentar situações novas, faz uso de conceitos já formados anteriormente, agindo sobre eles, manipulando elementos para assim chegar à solução de possíveis problemas em busca de um novo conceito elaborado.  
À medida que as crianças crescem confrontam-se com fatos e realidades diferentes, fenômenos e coisas que as cercam: perguntam, reúnem informações, instigam-se, elaboram e reelaboram conhecimentos observados anteriormente, arriscam respostas e formulam hipóteses, geram mudanças no modo de pensar sobre a natureza, seu mundo social e sua cultura, visto que, nos primeiros anos de vida, elas apropriam-se de conhecimentos práticos do seu dia – a – dia, compartilhando esses conhecimentos com as primeiras pessoas que as cercam, com seu mundo social, constroem seus conhecimentos antes da chegada à escola.  
Estamos felizes com o progressos de _____________________durante este início de ano letivo!   
Destacamos: ______________... ( criatividade, independência, respeito com os amigos, afetividade, comunicação...)Participa das atividades propostas, __________________________... ( apresenta interesse em aprender, atenção, concentração...  (colabora nas Rodas de Conversa, Momento de Leitura, …(técnicas)Expressa suas idéias________________________ ...( sem dificuldades, seu vocabulário é rico, assimila os conteúdos com facilidade...)Sua coordenação motora _______________________( desenvolve-se a contento . está dentro de sua faixa etária...)Reconhece as___________________(letras do alfabeto , numerais - citar os temas )Pinta ____________________(dentro dos limites propostos, com variação de cores, boa noção espacial ...)Observa e explora os ambientes com interesse ...    
Recomendamos:________________________(reconhecer que há hora para tudo, saber esperar sua vez, aceitar imposições e críticas, aceitar as diferenças, dedicar-se mais aos trabalhos escolares, saber ganhar e perder, trabalhar o tom de voz, aceitar suas limitações e as limitações dos outros, se permitir errar e não desistir no percurso... ( são as dificuldades colocadas de forma indicativa ) 
Você vai longe, a cada dia que passa você me surpreende mais ! Vibro com seu sucesso!   
By Blog Aprender e Cia 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Ótima reportagem!!!!!

Novela da Vida versus novela das nove!


Fiquei sabendo que alguns pais estão “decepcionados” com a LINDA, personagem autista da nova novela das 21h da Globo. À princípio não entendi o por quê, mas logo me disseram que, na verdade, alguns pais estão ansiosos para enxergarem seus próprios filhos retratados na tal personagem.
Então parece que a LINDA não retrata bem a realidade do seu filho ou da sua filha. Sua filha não gira o controle remoto. Seu filho não tapa os ouvidos ao ouvir música alta. Sei…
Vamos pensar em dois personagens famosos e e em seguida em duas pessoas reais com autismo.
Dustin Roffman – interpretou um autista no filme Rain Man. Quando eu soube que minha filha era autista cheguei a me perguntar se ela seria capaz de contar os palitos de fósforo no chão caso eu deixasse cair a caixa aberta, assim como fez o personagem! Pensei que aquele era o fiel retrato de um autista. Claro, eu não sabia NADA de autismo!
Jim Parsons – Como não amar o Sheldon? Frequentemente me perguntam se minha filha age como o famoso personagem do seriado The Big Bang Theory. Digo que o Sheldon, na verdade, age sim como um autista de alto funcionamento, um savant, um gênio. Mas o autor foi sagaz ao ocultar dos telespectadores qualquer termo associado ao autismo na série. Ninguém jamais chamou o Sheldon de autista ao longo dessas 6 temporadas que venho acompanhado. Isso geraria uma polêmica absurda e o autor deve saber disso! O Sheldon Cooper é como ele é, uma coisa caricata, explico aos meus amigos. Já a minha filha é de verdade!
Agora vejamos o exemplo de duas lindas que eu amo sem nem conhecer pessoalmente!
Temple Grandin- Fantástica! Teve muitas dificuldades para interagir, falar, ser aceita nas escolas. Sua mãe foi guerreira e teimosa numa época em que internar o filho era o caminho. Temple hoje dá palestras, faz projetos ligados à agropecuária, mora sozinha. Não faz estereotipias, mas tem sensibilidades sensoriais que ainda a incomodam muito.
Carly Fleishman- autista grave. Ainda sofre com as “teimosias” de seu corpo que insiste em engatar movimentos e sons que ela não gostaria de produzir, mas as informações chegam confusas ao seu cérebro e ela tem que filtrar o ambiente, acalmar-se, vencer seus medos. Só aos 11 anos libertou-se. Escreveu suas primeiras palavras e nunca mais parou de escrever. Hoje ajuda milhões de pais e profissionais pelo mundo a entenderem como se sente um autista.
Bem, o que essas quatro pessoas da ficção e da realidade têm a ver com a LINDA da novela “Amor à Vida” ? ABSOLUTAMENTE TUDO E ABSOLUTAMENTE NADA!
Sabem por que? Porque interpretar uma personagem autista não é diferente de interpretar uma personagem “normal”. Mesmo que a LINDA da novela fosse uma comum dona de casa ela seria diferente de todas as outras comuns donas de casa. Porque os autistas não são todos iguais! Assim como as pessoas são todas diferentes umas das outras.
Ser autista não significa que não haja uma pessoa por trás do diagnóstico. Uma pessoa com gênio forte ou tímida. Uma pessoa criativa ou preguiçosa. Uma pessoa com senso de humor apurado apesar de seu grave comprometimento dentro do espectro como a Carly. Uma pessoa com talento para entender os animais como a Temple. Uma pessoa que gosta muito de física experimental como o Sheldon.
Não um diagnóstico ambulante. Uma pessoa apenas, diferente das demais.
O que importa na história da LINDA da novela é que o tema autismo seja discutido por causa dela pela sociedade. Eu tinha muito medo dessa novela, desse retrato, sabe? Mas eu desencanei! Creio que é o momento de aproveitar o “spot light” e mostrar que agente precisa de assistência e inclusão de verdade. Que o autismo é uma condição crescente no mundo e precisamos saber por quê.
Dificilmente a novela irá tão fundo. Nas nossas angústias, nos nossos dilemas, nas nossas dúvidas. Mas isso é um detalhe agora. O tema autismo está no horário nobre, vamos nós pegar carona nessa exposição e estendê-lo aos demais horários da VIDA real.
Quem sabe daqui pra frente quando eu for embarcar com a Stella e entrar na fila preferencial a mocinha da Avianca nos olhará com outros olhos? Quem sabe não franzirá a testa quando eu disser que estamos na fila preferencial porque ela é especial e tem autismo? Lembrará a mocinha da Avianca da LINDA da novela?
Outro dia fui à padaria com uma camiseta com a palavra autismo estampada bem na frente. A senhora do caixa me olhou, torceu a boca pensativa e soltou essa: “Autismo! Ah, eu sei o que é. Não é aquela doença que a pessoa só enxerga tudo branco?”
Se a LINDA da novela esclarecer para a senhora da padaria um pouco sobre o autismo, então, meu povo, tá de bom tamanho, né! Um passo de cada vez com a cegueira da sociedade. Afinal, eu também era cega e não sabia!
Minha filha também não gira o controle remoto da TV, nem fala gaguejando e torcendo as mãozinhas. Mas a minha filha também é LINDA!
Imagem
Evellyn Diniz.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

INCLUSÃO....QUAL A MINHA OPINIÃO




Inclusão, qual a sua opinião:
* O que é?
   Inclusão é estar com... é interagir com o outro. É conviver e ter a capacidade de entender e reconhecer as necessidades deste indivíduo, é ter o privilégio de conviver e compartilhar vivências com pessoas diferentes de nós.
  É acolher todas as pessoas sem exceção!

* Por quê?
A educação inclusiva faz  a sociedade ser mais  justa , pois dá oportunidade para que todos, sem qualquer tipo de discriminação, ocupem seu espaço dentro de um contexto social. Se isso não ocorrer, as pessoas com deficiências físicas ou intelectuais, serão sempre dependentes e terão uma vida cidadã pela metade.

*Como fazer?
 Diferentemente do que muitos pensam, inclusão é mais do que matricular o aluno ou ter rampas e banheiros adaptados. É necessário que o projeto político pedagógico seja baseado na reflexão e amparado legalmente , valorizando a cultura, a história e as experiências pré-existentes do aluno.
  As práticas pedagógicas devem ser revistas , selecionadas e adequadas a cada aluno, visando a aquisição do conhecimento formal e a socialização.

* Qual a sua metodologia?
Utilizo metodologias variadas e todos os recursos disponíveis, procurando através de pesquisas e apoio especializado, encontrar meios e subsídios para embasar minhas práticas em sala de aula.


* Você tem alguma formação específica? Qual?
 O meu papel como professor é ser regente de classe, e não especialista em deficiências. Essa responsabilidade é da equipe de atendimento especializado. Apesar disso sou professora-pesquisadora com foco específico em inclusão, pois acredito que preciso me atualizar e procurar meios para melhorar o meu desempenho em sala de aula e oferecer sempre o melhor para meus alunos.

*Como é ter um estudante portador de necessidades especiais?
Devo discordar do termo " portador de necessidades especiais", pois a palavra "portador" nos remete  ao " querer portar ou não", utilizo o "ter uma deficiência física ou intelectual".
Portanto, ter um aluno com" deficiência física ou intelectual" é gratificante e emocionante, pois vibramos com cada avanço apresentado. A escola tem que ser o reflexo de como é a vida no lado de fora. O grande ganho, para todos, é viver a experiência da diferença. Se os estudantes não passam por isso na infância, mais tarde terão muita dificuldade de vencer os preconceitos.

* Como é a aceitação dos outros alunos e pais em relação ao portador de necessidades especiais?
Ótima, tanto dos alunos, quanto dos pais. Existe entre eles uma relação de amizade e um vínculo forte, que trabalhamos dentro de toda a instituição de ensino, pois a inclusão não acontece só dentro da sala de aula, mas em todo o ambiente escolar.

                                                   

sexta-feira, 26 de abril de 2013

VOCÊ SABE O QUE É DISCALCULIA?

Discalculia- o que é?
Quantas crianças no passado e ainda agora, são acusadas de  traquinas e desatentas, pois não têm aproveitamento escolar bom ou razoável. Mas na verdade podem sofrer de algum problema, que as impede de aprender.
Quem já ouviu falar de DISCALCULIA???
Querem saber o que é leiam o artigo a baixo!!!!



Discalculia é definido como uma desordem neurológica específica que afeta a habilidade de uma pessoa de compreender e manipular números. Para ser classificada como discalculia não pode ser causada por problemas na visão e/ou audição. O termo discalculia é usado frequentemente ao consultar especificamente à inabilidade de executar operações matemáticas ou aritméticas, mas é definido por alguns profissionais educacionais como uma inabilidade mais fundamental para conceitualizar números como um conceito abstrato de quantidades comparativas.
Não confundir com acalculia, que se refere a perda da capacidade de calcular causada por danos neurológicos.

É uma inabilidade menos conhecida, bem como e potencialmente relacionada a dislexia ( Clique Aqui, e veja o que é Dislexia!! ) e a dispraxia (Veja aqui o que e a dispraxia!!!). A discalculia ocorre em pessoas de qualquer nível de QI, mas significa que têm frequentemente problemas específicos com matemática, tempo, medida, etc. Discalculia (em sua definição mais geral) não é rara. Muitas daquelas com dislexia ou dispraxia tem discalculia também. Há também alguma evidência para sugerir que este tipo de distúrbio é parcialmente hereditário.
Existem diversos tipos de discalculia:
  • Discalculia léxica: dificuldade na leitura de símbolos matemáticos;
  • Discalculia verbal: dificuldades em nomear quantidades matemáticas, números, termos e símbolos;
  • Discalculia gráfica: dificuldade na escrita de símbolos matemáticos;
  • Discalculia operacional: dificuldade na execução de operações e cálculos numéricos;
  • Discalculia practognóstica: dificuldade na enumeração, manipulação e comparação de objetos reais ou em imagens;
  • Discalculia ideognóstica: dificuldades nas operações mentais e no entendimento de conceitos matemáticos.
A palavra discalculia vem do grego (dis, mal) e do Latin (calculare, contar) formando: contando mal. Essa palavra calculare vem, por sua vez, de cálculo, que significa o seixo ou um dos contadores em um ábaco.
Discalculia é um impedimento da matemática que vá adiante junto com um número de outras limitações, tais como a introspecção espacial, o tempo, a memória pobre, e os problemas de ortografia. Há indicações de que é um impedimento congênito ou hereditário, com um contexto neurológico. Discalculia atinge crianças e adultos.
Discalculia pode ser detectada em uma idade nova e medidas podem ser tomadas para facilitar o enfrentamento dos problemas dos estudantes mais novos. O problema principal está em compreender que o problema não é a matemática e sim a maneira que é ensinada às crianças. O modo que a dislexia pode ser tratada de usar uma aproximação ligeiramente diferente a ensinar. Entretanto, a discalculia é o menos conhecida destes tipos de desordem de aprendizagem e assim não é reconhecida frequentemente.

Sinais e sintomas

Alguns dos possíveis sintomas são:
  • Dificuldades freqüentes com os números, confundindo as operações de adição, subtração, multiplicação e divisão.
  • Problemas de diferenciar entre esquerdo e direito.
  • Falta de senso de direção (para o norte, sul, leste, e oeste) e pode também ter dificuldade com uma bússula.
  • A inabilidade de dizer qual de dois números é o maior.
  • Dificuldade com tabelas de tempo, aritmética mental, etc.
  • Melhor nos assuntos tais como a ciência e a geometria, que requerem a lógica mais que as fórmulas, até que um nível mais elevado que requer cálculos seja necessário.
  • Dificuldade com tempo conceitual e julgar a passagem do tempo.
  • Dificuldade com tarefas diárias como verificar a mudança e ler relógios analógicos.
  • A inabilidade de compreender o planejamento financeiro ou incluir no orçamento, nivelar às vezes em um nível básico, por exemplo, estimar o custo dos artigos em uma cesta de compras.
  • Tendo a dificuldade mental de estimar a medida de um objeto ou de uma distância (por exemplo, se algo está afastado 10 ou 20 metros).
  • Inabilidade de apreender e recordar conceitos matemáticos, régras, fórmulas, e seqüências matemáticas.
  • Dificuldade de manter a contagem durante jogos.
  • Dificuldade nas atividades que requerem processamento de seqüências, do exame (tal como etapas de dança) ao sumário (leitura, escrita e coisas sinalizar na ordem direita). Pode ter o problema mesmo com uma calculadora devido às dificuldades no processo da alimentação nas variáveis.
  • A circunstância pode conduzir em casos extremos a uma fobia da matemática e de dispositivos matemáticos (por exemplo números).

Causas potenciais

Os cientistas procuram ainda compreender as causas da discalculia, e para isso têm investigado em diversos domínios.
  • Neurológico: Discalculia foi associada com as lesões ao supramarginal e os giros angulares na junção entre os lóbulos temporal e parietal do cortex cerebral.
  • Déficits na Memória de Trabalho (Memória Operacional): Adams e Hitch discutem que a Memória de Trabalho é um fator principal na adição mental. Desta base, Geary conduziu um estudo sugerindo que a discalculia se dava por conta de um deficit da Memória de Trabalho. Entretanto, o problema é que as deficiências da Memória de Trabalho são confundidos com dificuldades de aprendizagem gerais, assim os resultados de Geary não podem ser específicos ao discalculia mas podem refletir um déficit de aprendizagem maiores.
Pesquisas feitas por estudiosos de matemática mostraram aumento da atividade de EEG no hemisfério direito durante o processo de cálculo algorítmico. Há alguma evidência de déficits direitos do hemisfério na discalculia.
Outras causas podem ser:
  • Um quociente de inteligência baixo (menos de 70, embora as pessoas com o QI normal ou elevado possam também ter discalculia).
  • Um estudante que tem um instrutor cujo o método de ensinar a matemática seja duro de compreender para o estudante.
  • Memória a curto prazo que está sendo perturbada ou reduzida, fazendo-a difícil de recordar cálculos.
  • Desordem congênita ou hereditária. As indicações da mostra dos estudos desta, mas não são ainda concreto.
  • Uma combinação destes fatores.

Qual a sua opinião???????

Via Dra Renata Flores Tibyriçá:

"O art. 7.º da Lei Berenice Piana, como já comentei, é uma penalidade administrativa dirigida ao gestor público ou autoridade de escola pública que se recusar a fazer a matrícula.
Mas o que poucos pais e mães de crianças, adolescentes e adultos com autismo não saibam é que, como o artigo 1.º, parágrafo 2.º da Lei Berenice Piana afirma que § 2o "A pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais", é possível aplicar o artigo 8.º da Lei 7853/89, que considera a recusa da matrícula crime e este sim se aplica tanto a escola pública quanto a escola particular. "Art. 8º Constitui crime punível com reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa: I - recusar, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar, sem justa causa, a inscrição de aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, por motivos derivados da deficiência que p...orta".
Assim, em relação ao gestor público, além de responder por uma penalidade administrativa, responderá por crime, já o responsável pela escola privada responderá por crime, pois a penalidade administrativa não se aplica a ele.
Isto deixa claro que toda a discussão sobre a derrubada do veto do parágrafo segundo do art. 7.º da Lei Berenice Piana não prejudica em nada a inclusão das pessoas com autismo na escola regular pública, pois há uma lei que define esta conduta como CRIME e se aplica a todas as escolas.
Portanto, a discussão que relaciona a derrubada do veto com prejuízo para inclusão não tem qualquer sentido do ponto de vista jurídico.
Sem contar que derrubar veto da presidente é muuuito difícil. Acredito que até hoje apenas foi derrubado o veto do pré-sal, o resto fica numa fila gigantesca sem qualquer possibilidade de análise."
     

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Escola Inclusiva

Escola Inclusiva.
Você já ouviu falar?
A escola inclusiva nada mais é do que uma escola regular que não apenas recebe, mas acolhe, respeita, divulga, trabalha, constrói, ABRAÇA A CAUSA, VESTE A CAMISETA, e por fim conscientiza todos sobre a inclusão; para uma escola inclusiva existir, basta você arremangar as mangas e TRABALHAR, trabalhar pela educação.
Lembrem se :
"A Educação não muda o mundo. Educação muda as PESSOAS. Pessoas mudam o mundo". Paulo Freire
Audrey Duarte.

terça-feira, 23 de abril de 2013


Como avaliar as aprendizagens dos alunos com deficiência?

Daniele Pechi
As atividades desenvolvidas pelos estudantes com deficiência intelectual em sala de aula podem ser adaptadas, desde que o currículo tenha sido adequado, conforme orientam os Parâmetros Curriculares Nacionais.
A avaliação deve ser feita de acordo com as potencialidades e os conhecimentos adquiridos pelo aluno. Mais do que conhecer suas competências, é necessário que o professor saiba como ele deve ser avaliado em todas as áreas, assim como acontece com as outras crianças.
Dessa forma, é possível descobrir quais são suas habilidades e dificuldades e definir se os instrumentos que usados estão de acordo com as respostas que o aluno pode dar.
Não esqueça de considerar as aquisições do aluno e o quanto ele conseguiu avançar nas disciplinas: verifique como ele lida com cálculos, desenho e escrita, por exemplo. A produção escolar, cadernos e exercícios também devem ser levados em conta.

Extraído do Site Nova Escola


sexta-feira, 19 de abril de 2013


AMIOTROFIA ESPINHAL PROGRESSIVA (AEP)


      O termo amiotrofia espinhal progressiva foi usado pela primeira vez pelo neurologista alemão Johann Hoffmann em 1893. O tipo infantil da AME foi descrito pelo neurologista austríaco Guido Werdnig em 1891. O tipo juvenil da AME recebeu o nome dos neurologistas suecos Lisa Welander e Erik Kugelberg, que diferenciaram a doença das distrofias musculares em 1956.


Significado



      Os caracteres autossômicos recessivos são transmitidos por ambos os progenitores. Nos casamentos consangüíneos, há uma probabilidade maior de nascerem filhos com caráter recessivo, pois indivíduos aparentados têm maior probabilidade do que os não parentes de serem heterozigotos para o mesmo gene mutante. Desta forma, há uma proporção maior de casamentos consangüíneos entre os progenitores de afetados por um caráter recessivo, do que entre progenitores de pessoas normais
      Hipotonia, paralisia, arreflexia, amiotrofia e miofasciculação constituem os sinais definidores das AMEs, doenças autossômicas recessivas ligadas ao cromossoma 5, relacionadas ao gene SMN. São subdivididas em três grupos de acordo com a idade de início e evoluem tão mais rapidamente quanto mais cedo começam.
      O grupo I (doença de Werdnig-Hoffmann) pode se manifestar desde a fase intra-útero até os 3 meses de vida extra-uterina. Durante a gravidez verifica-se pouca movimentação fetal e o recém-nascido apresenta fraqueza acentuada das musculaturas proximal e intercostal. A postura é bem diferente daquela esperada para um neonato sadio: as pernas estão estendidas, em abdução e rotação externa, os membros superiores ficam largados (postura em batráquio). O tórax é estreito e geralmente há pectum excavatum. Tem dificuldades de sucção, de deglutição e respiratórias. As infecções respiratórias se repetem, sendo a causa do óbito na maioria dos casos.
      Nos grupos II e III os sintomas se manifestam entre 3 e 15 meses e de 2 anos a vida adulta, respectivamente. O quadro clínico caracteriza-se por deterioração motora após um período de desenvolvimento aparentemente normal. Na forma tipo II, ou forma intermediária, a criança adquire a habilidade de sentar mas tem uma parada do desenvolvimento motor a partir deste marco. A forma tipo III ou forma juvenil ou doença de Wolfhart-Kugelberg-Welander começa normalmente a dar os primeiros sinais de fraqueza depois de 1 ano de idade ou até mais tarde. De maneira lenta a fraqueza nas pernas faz com que as crianças caiam mais, tenham dificuldade para correr, subir escadas e levantar do chão. Também aparece fraqueza nos ombros, braços e pescoço. Às vezes a doença é confundida com Distrofia Muscular. A fraqueza aumenta com o passar dos anos e a cadeira de rodas se torna necessária em algum momento na vida adulta. Os sinais da doença são menos proeminentes e a progressão mais lenta, sendo que deformidades ósteo-articulares, principalmente escoliose, aparecem à medida que o curso se prolonga. Há outras formas, variantes da AME, sem um padrão perfeitamente definido de herança, de comportamento clínico heterogêneo eventualmente associado a outras manifestações.
      Todas as três formas acima não têm cura definitiva. No entanto a fisioterapia, os bons cuidados no acompanhamento clínico e alguns aparelhos ortopédicos ajudam a manter a independência destas crianças, a função de seus músculos e a integridade física e mental.
      O pediatra tem uma importância fundamental. Cabe a ele reconhecer que uma criança está com problemas, ou por ser hipotônica, ou por ter pouca movimentação espontânea, ou por estar atrasada em algum marco do desenvolvimento. Quanto mais cedo o reconhecimento, mais precoce será o encaminhamento ao especialista certo, mais rápido o diagnóstico e mais eficaz a terapia de suporte que podemos oferecer.
      A realização do diagnóstico não deve afastar o pediatra de seu paciente. Mais do que nunca a paciente e sua família precisam de um apoio para as eventuais complicações clínicas associadas a esta doença. Além disto, a criança continua sendo criança, com as necessidades de puericultura inerentes a sua faixa etária.
      As doenças neuromusculares, caracterizam-se por situações decorrentes de problemas localizados na ponta anterior da medula, nos nervos periféricos, nas placas mioneurais ou nos músculos. As atrofias Musculares Espinhais e as Distrofias Musculares são exemplos de fusão em relação a estes dois diagnósticos.

Fonte: http://www.atrofiaespinhal.org/, Deficiente Ciente e Wikipédia
       As Atrofias Musculares Espinhais (AME) têm origem genética e caracterizam-se pela atrofia muscular secundária à degeneração de neurônios motores localizados no corno anterior da medula espinhal. 
Créditos:Blog Centauro Alado

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Epilepsia tipo ausência


Epilepsia Tipo Ausência
(Epilepsia Minor; Crises de Ausência; Pequeno Mal Acinético; Picnoepilepsia; Epilepsia do Pequeno Mal; Epilepsia Menor)


Transtorno de ataque infantil caracterizado por descargas cerebrais elétricas rítmicas de início generalizado. Os sinais clínicos incluem cessação súbita de atividades rotineiras, normalmente sem perda do tônus postural. Piscar rítmico das pálpebras ou mordiscar dos lábios, freqüentemente acompanham os ATAQUES. A duração normal é de 5 a 10 segundos e episódios múltiplos podem ocorrer diariamente. A epilepsia (tipo ausência juvenil) é caracterizada pelo início na fase juvenil de ataques tipo ausência e um aumento na incidência de mioclonia e de ataques tônico-clônicos. (Tradução livre do original: Menkes, Textbook of Child Neurology, 5th ed, p736)

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Atividades que favorecem a Inclusão


Ações/Atividades de inclusão


Socialização
01- Oferecer ao deficiente o maior número possível de informações sobre o assunto que está em discussão para que ele não fique deslocado. Não falar de costas para o deficiente, nem quando estiver rindo ou comendo, isto impossibilitará que ele o compreenda.
02-Não gritar o nome do deficiente no meio do pátio, do corredor ou da sala de aula por qualquer motivo que seja. Ele poderá não ouvi-lo dependendo da distância, e sofrerá constrangimento.
03-Não deixar que passe por situações embaraçosas quando junto de outros colegas. Orientar os demais alunos da escola a respeitarem suas limitações.
04- No horário do recreio, não permitir que o deficiente fique próximo a lanchonete ou cantina da escola utilizando-se de sua deficiência para ganhar lanches gratuitamente pela compaixão dos colegas.
05-Não deixar que o deficiente fique isolado dos pares durante o recreio e em outras atividades.
06-Faça com seus alunos a brincadeira do objeto no saco. Coloque um objeto em um saco de pano, vende os olhos de quem vai adivinhar o conteúdo do saco. Com essa atividade, todos vão compreender melhor a necessidade que a criança DV tem de tocar tudo que está á sua volta.
07- Geralmente alunos autistas, têm certa resistência em entrar na sala de aula, muitas vezes fica em um ambiente fora do espaço da sala de aula. Para aproximá-lo do grupo, você pode organizar uma aula perto dele, no ambiente escolar que ele costuma ficar.
08- Se surgir a idéia de uma brincadeira – por exemplo, corrida de saco (crianças correndo dentro de um saco) – e você tem em sua classe uma criança que não anda, não pergunte se quer ou pode participar da atividade antes que ela própria se pronuncie. Caso os outros alunos questionem, diga-lhes que ela mesma vai resolver como participar da brincadeira. Caso a conclusão seja que a criança não pode ou não quer participar, diga-lhes que decidam se essa é ou não uma boa brincadeira, já que naquele momento não pode ser brincada por todos.
09-Para ajudar seus alunos a desmistificar as necessidades educacionais especiais e respeitar as limitações do outro, você pode propor atividades como:
  • Desenhar e escrever com os pés, com a boca, com o lápis embaixo do braço, com a mão contrária áquela que os alunos têm habilidade;
  • Pular corda com um pé só;
  • Ver um filme sem o som e depois descrever o que entendeu;
  • Ler um texto escrito de trás para frente;
  • Com uma venda nos olhos, descobrir a forma de objetos, fazer uma refeição, movimentar-se na sala de aula;
  • Comunicar-se por meio de gestos, mímicas, etc.
10-Um outro passo importante é agrupar os alunos na maioria das atividades desenvolvidas. O trabalho conjunto incentiva a cooperação, a construção do espírito solidário e a troca de conhecimentos. Não importa que o aluno, em alguns momentos, copie do outro. O que vai lhe impedir que ele faça isso em todos os momentos é o fato de você elaborar atividades cujos desempenhos sejam obrigatoriamente diferentes.
Participação e Envolvimento
01- A criança DV (deficiente visual) deve ter conhecimento do espaço da sala de aula (de onde estão os materiais: livros, cadernos, lápis, mochilas). Todas as mudanças na orientação espacial da sala devem ser lhe sempre informadas. Não se devem fazer modificações estruturais, como corrimões especais, cordões de condução, ou mesmo “facilitar” a vida do DV – por exemplo, ajudando-o a comer, calçando seus sapatos -, uma vez que ele pode ultrapassar os obstáculos com seus próprios recursos táteis, auditivos, olfativos, etc. Não se esqueça de que, fora da escola, há um mundo no qual ele deve viver, criando suas próprias soluções.
02- Procure sempre fazer atividades fora da sala de aula com os seus alunos. Como por exemplo: desenhar e descrever paisagens, fazer gincanas, passeios. Todas essas atividades vão ajudar a descontrair os alunos, principalmente aqueles que apresentam um comportamento muito agitado todo o tempo.
03- A equipe escolar deve conscientizar os pais de alunos com necessidades educacionais especiais, de que essas crianças devem participar de todos os eventos e atividades da escola. Muitas crianças são impedidas de fazer educação física, comprar lanche na cantina ou participar de uma peça de teatro ou de dança. Ao contrário disso, a proposta é que tudo o que for feito na escola tenha em vista todo o grupo.
04- Não faça concessões aos alunos com necessidades educacionais especiais. Aja com eles do mesmo modo como age com os outros alunos. Para todas as crianças devemos, em caso de transgressões ás regras sociais e ás da escola, aplicar medidas socioeducativas.
05-A interação social entre as crianças não deve terminar na porta da escola. Para fortalecer os vínculos entre elas, os professores, os pais, as autoridades e outros agentes de fora, a escola pode organizar situações de para interação social fora da escola.
06-No que diz respeito a sistematização dos conteúdos, muitas vezes o deficiente sentirá dificuldade em realizar a atividade por não conseguir interpretar o enunciado ou as instruções do exercício. Que o professor procure usar um vocabulário mais simples ou que vá até ele e explique o significado das palavras. Por exemplo, num exercício pode estar escrito no enunciado: "Escreva a palavra que falta", com o mesmo significado de “preencher as lacunas”, “descobrir a palavra”, etc.
07- Quando a atividade for uma dramatização, a participação do deficiente também poderá ocorrer, desde que não lhe seja oferecido um texto de fala, ou um personagem que lhe causará constrangimento por não conseguir sair-se bem devido as suas limitações. Poderá a professora oferecer-lhe personagens com falas menores ou pouca locomoção. Caberá a professora saber a melhor forma de colocar o deficiente na atividade.
Deficiência Mental
01-Ofereça sempre ao seus alunos DM (deficiência mental) o mesmo que oferece aos outros. Não se esqueça de que sua escrita, seus desenhos, suas realizações, muitas vezes representadas por garatujas, objetos sem forma, têm valor social, e não lingüístico ou figurativo. Por isso, se os outros alunos vão á lousa fazer uma tarefa, chame-o também. Dê-lhe todo o material utilizado na escola: cadernos, livros, estojos, tesoura, etc.
02- Para garantir sempre a participação de seu aluno DM nas atividades consideradas muito elevadas para seu potencial cognitivo, busque embutir nelas qualquer elemento que lhe chame a atenção. Por exemplo: na lousa, registre com cores diferentes as operações de expressão matemática complexa. Faça desenhos para ilustrar os textos, enfeite a lousa com molduras de flores, letras, números, carinhas, todos esses elementos contribuem para chamar a atenção dos seus alunos.
03- Faça um portifólio de seu aluno DM, vá colocando em uma pasta tudo aquilo que ele produzir durante um o ano. Ao final, você poderá ter uma visão mais detalhada de seu processo de evolução e, dessa forma, dar continuidade ao trabalho com maior segurança. Esse procedimento também contribui para a avaliação da família e muitas vezes dele próprio. Ao observar seus trabalhos, o DM pode vir a construir o conceito de continuidade ou visão de si mesmos.
04- Procure proporcionar ao DM tantas tarefas quantas forem dadas aos outros. Por exemplo: quando precisar mandar recados á outra professora ou á secretaria da escola, peça-lhe que o faça. Nesse caso, é preciso que todos os alunos e funcionários estejam avisados de que ele poderá ter essa incumbência e, portanto, circular livremente pela escola.
05- Ambientes de aula que favoreçam a aprendizagem, tais como: atelier, cantinhos, oficinas etc.;
06-Desenvolvimento de habilidades adaptativas: sociais, de comunicação,cuidado pessoal e autonomia.
Deficiência Visual
  • Posicionamento do aluno na sala de aula de modo que favoreça sua possibilidade de ouvir o professor;
  • Textos escritos com outros elementos (ilustrações táteis) para melhorar a compreensão;
  • Explicações verbais sobre todo o material apresentado em aula, de maneira visual;
  • Adaptação de materiais escritos de uso comum: tamanho das letras, relevo, softwares educativos em tipo ampliado, textura modificada etc.;
  • Organização espacial para facilitar a mobilidade e evitar acidentes: colocação de extintores de incêndio em posição mais alta, pistas olfativas para orientar na localização de ambientes, espaço entre as carteiras para facilitar o deslocamento, corrimão nas escadas etc.;
  • Material didático e de avaliação em tipo ampliado para os alunos com baixa visão e em braile e relevo para os cegos;
  • Apoio físico, verbal e instrucional para viabilizar a orientação e mobilidade, visando à locomoção independente do aluno.
 Deficiência Auditiva
  • Textos escritos complementados com elementos que favoreçam a sua compreensão: linguagem gestual, língua de sinais e outros;
  • Sistema alternativo de comunicação adaptado às possibilidades do aluno: leitura orofacial, linguagem gestual e de sinais; salas-ambientes para treinamento auditivo, de fala, rítmico etc.; posicionamento do aluno na sala de tal modo que possa ver os movimentos orofaciais do professor e dos colegas;
  • Material visual e outros de apoio, para favorecer a apreensão das informações expostas verbalmente.
Superdotação
  • Evitar sentimentos de superioridade, rejeição dos demais colegas, sentimentos de isolamento etc.;
  • Pesquisa, estimular a persistência na tarefa e o engajamento em atividades cooperativas;
  • Materiais, equipamentos e mobiliários que facilitem os trabalhos educativos; ambientes favoráveis de aprendizagem como: ateliê, laboratórios, bibliotecas etc.;
  • Materiais escritos de modo que estimule a criatividade: lâminas, pôsteres, murais, inclusão de figuras, gráficos, imagens etc. e de elementos que despertam novas possibilidades.
Deficiências Múltiplas
  • Ambientes de aula que favoreça a aprendizagem, como: ateliê, cantinhos, oficinas;
  • Materiais de aula: mostrar os objetos, entregá-los, brincar com eles,estimulando os alunos a utilizá-los;
  • Apoio para que o aluno perceba os objetos, demonstrem interesse e tenham acesso a eles.
Deficiência Física
Abaixo seguem algumas orientações referentes ao trabalho com alunos com deficiência física que podem favorecer o processo de ensino e aprendizagem:
  • Se o seu aluno está na cadeira de rodas, você não precisa segurá-la, a menos que o seu próprio aluno solicite pois isto poder ser constrangedor e desconfortável para a pessoal, porque a cadeira de rodas é uma extensão do seu corpo, faz parte, do seu espaço corporal;
  • Sempre que conversar com um aluno que esteja em cadeira de rodas, procure sentar-se. É muito desconfortável para qualquer pessoa, ficar olhando para cima enquanto conversa com alguém;
  • Converse com seu aluno naturalmente, fazendo uso de termos como “pular”, “correr”, “andar”, “dançar” etc. Pessoas que estejam em cadeira de rodas também fazem uso desses termos e devem ser incentivadas a usa-los sem nenhum problema;
  • Preste atenção aos obstáculos físicos que impedem seu aluno de se locomover livremente, removendo-os. Quando não for possível a remoção imediata, ajude-o a ultrapassá-los, sem exageros, nem alarde;
  • Se pretende fazer algum passeio ou visita a algum lugar com seus alunos, verifique, antecipadamente, as condições de acesso, para que o aluno não tenha nenhuma dificuldade;
  • Nunca se coloque atrás da cadeira de rodas. Você não imagina como é incômodo para a pessoa se esforçar o tempo todo para virar a cabeça para falar com quem se encontra atrás da cadeira.
  • Pergunte sempre ao seu aluno se ele precisa de ajuda e como você pode fazer para ajudá-lo;
  • Se seu aluno faz uso de muletas ou bengalas, procure acompanhar os seus passos;
  • Nunca se apóie na cadeira de rodas de seu aluno. Evite fazer isso porque pode incomodá-lo. Lembres-se que a cadeira de rodas é uma extensão do corpo da pessoa;
  • A escola deve oferecer ao aluno atividades onde ele possa adquirir hábitos da vida diária, de modo a assegurar medidas de higiene relacionadas á saúde e ás atividades futuras.
  • Sistemas aumentativos ou alternativos de comunicação adaptado às possibilidades do aluno impedido de falar: sistemas de símbolos (baseados em elementos representativos, em desenhos lineares, sistemas que combinam símbolos pictográficos, ideográficos e arbitrários, sistemas baseados na ortografia tradicional, linguagem codificada);
  • Adaptação dos elementos materiais: edifício escolar (rampa deslizante, elevador, banheiro, pátio de recreio, barras de apoio, alargamento de portas etc.); mobiliário (cadeiras, mesas e carteiras); materiais de apoio (andador, coletes, abdutor de pernas, faixas restringidoras etc.); materiais de apoio pedagógico (tesoura, ponteiras, computadores que funcionam por contato,por pressão ou outros tipos de adaptação etc.);
  • Deslocamento de alunos que usam cadeira de rodas ou outros equipamentos, facilitado pela remoção de barreiras arquitetônicas;
  • Utilização de pranchas ou presilhas para não deslizar o papel, suporte para lápis, presilha de braço, cobertura de teclado etc.;
  • Textos escritos complementados com elementos de outras linguagens e sistemas de comunicação.


    FIQUE ATENTO!
  • Minimizar as dificuldades de comunicação do aluno com deficiência física facilitará o relacionamento com os demais alunos, com os professores e a comunidade escolar;
  • Dores e incômodos não são motivos para restringir todas as atividades, mas um alerta para adequá-las, garantindo possibilidades de expressão e alívio de frustrações;
  •  O aluno tem que ser posicionado da maneira mais correta, objetivando reduzir, ao mínimo, a fadiga, incômodos e prevenir o desenvolvimento de alterações posturais;
  • O não controle unitário não deve ser motivo de impedimento para que o aluno freqüenta a classe comum. Analisar o problema com o aluno, buscando soluções, constitui o meio mais eficaz de resolvê-lo.
 Fonte: SILVA, Adilson Florentino. A inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais: deficiência física. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação Especial, 2006.

Problemas de comportamento e indisciplina
Abaixo seguem algumas dicas para professores que tem problemas com disciplina e comportamento em relação á alguns alunos.
Essas dicas foram retiradas do texto de Julio Groppa Aquino e está disponível na íntegra no link abaixo:
  • a primeiríssima regra implica a compreensão do aluno-problema como um porta-voz das relações estabelecidas em sala de aula. O aluno-problema não é necessariamente portador de um "distúrbio" individual e de véspera, mesmo porque o mesmo aluno "deficitário" com certo professor pode ser bastante produtivo com outro. Temos que admitir, a todo custo, que o suposto obstáculo que ele apresenta revela um problema comum, sempre da relação. Vamos investigá-lo, interpretando-o como um sinal dos acontecimentos de sala de aula. Escuta: eis uma prática intransferível!
  • a segunda regra ética refere-se à des-idealização do perfil de aluno. Ou seja, abandonemos a imagem do aluno ideal, de como ele deveria ser, quais hábitos deveria ter, e conjuguemos nosso material humano concreto, os recursos humanos disponíveis. O aluno, tal como ele é, é aquele que carece (apenas) de nós e de quem nós carecemos, em termos profissionais.
  • a terceira regraimplica a fidelidade ao contrato pedagógico. É obrigatório que não abramos mão, sob hipótese alguma, do escopo de nossa ação, do objeto de nosso trabalho, que é apenas um: o conhecimento. É imprescindível que tenhamos clareza de nossa tarefa em sala de aula para que o aluno possa ter clareza também da dele. A visibilidade do aluno quanto ao seu papel é diretamente proporcional à do professor quanto ao seu. A ação do aluno é, de certa forma, espelho da ação do professor. Portanto, se há fracasso, o fracasso é de todos; e o mesmo com relação ao sucesso escolar.
  • a quarta regra é a experimentação de novas estratégias de trabalho. Precisamos tomar o nosso ofício como um campo privilegiado de aprendizagem, de investigação de novas possibilidades de atuação profissional. Sala de aula é laboratório pedagógico, sempre! Não é o aluno que não se encaixa no que nós oferecemos; somos nós que, de certa forma, não nos adequamos às suas possibilidades. Precisamos, então, reinventar os métodos, precisamos reinventar os conteúdos em certa medida, precisamos reinventar nossa relação com eles, para que se possa, enfim, preservar o escopo ético do trabalho pedagógico.
  • a última regra ética, e com a qual encerramos nosso percurso, é a idéia de que dois são os valores básicos que devem presidir nossa ação em sala de aula: a competência e o prazer. Quando podemos (ou conseguimos) exercer esse ofício extraordinário que é a docência com competência e prazer - e, por extensão, com generosidade -, isso se traduz também na maneira com que o aluno exercita o seu lugar. O resto é sorte. E por falar nisso, boa sorte a todos!
Síndrome de Prader  Willi
Esta síndrome descrita em 1956 é de origem genética localizada no cromossomo 15 ocorrendo no momento da concepção. Afeta meninos e meninas em um complexo quadro de sintomas, durante todas suas vidas, estes variando em presença e  intensidade de indivíduo para indivíduo. Um diagnóstico precoce,  antes da manifestação dos sintomas, principalmente a obesidade,  tem trazido uma melhora na qualidade de vida dos portadores nos últimos anos. Mas ainda em caso de diagnósticos tardio, uma série de cuidados pode ser  iniciados, retornando na qualidade de vida dos portadores.
Bebês com Síndrome de Prader Willi (PWS) apresentam baixo Apgar ao nascer, dificuldade de sugar, choro fraco e são muito pouco ativos, dormindo a maior parte do tempo. Raramente conseguem ser amamentados. Seu desenvolvimento neuro-motor é lento, tardam a sentar, engatinhar e caminhar.
Com relação à educação dessas crianças, um grande problema é o comportamento. Por isso, que o trabalho a ser feito com elas, além da parte pedagógica de qualquer criança com deficiência mental e, por conseqüência, distúrbio de aprendizagem, é o manejo comportamental e manejo de sala de aula. É uma criança que precisará de uma equipe multidisciplinar (sobretudo psicólogo e nutricionista, pois a grande característica dessa síndrome é vontade incansável de se alimentar, como conseqüência a obesidade). A escola muitas vezes não está disposta a li dar com essa criança devido ao comportamento dela, mas não é esta característica que a impede de progredir na aprendizagem. Se o professor for bem orientado (psicólogo e fonoaudiólogo), ele consegue lidar com a criança sem a necessidade de encaminhá-la para uma instituição de educação especial (escola).
São crianças que se bem acompanhadas e com professores dispostos, orientados e interessados, apresentam resultados bem interessantes com relação à alfabetização.
Nos links abaixo você encontrará maiores informações a respeito da Síndrome de Prader Will:
Paralisia Cerebral
A Revista Nova Escola (Edição Especial nº24) trouxe dicas para auxiliar o desenvolvimento de atividades dentro da sala de aula:
Para contornar as restrições de coordenação motora, use canetas e lápis mais grossos - uma espuma em volta deles presa com um elástico costuma resolver. Utilize folhas avulsas, mais fáceis de manusear que cadernos. Escreva com letras grandes e peça que o aluno se sente na frente. É importante que a carteira seja inclinada. Se ele não conseguir falar e não utiliza uma prancha própria de comunicação alternativa, providencie uma para ele com desenhos ou fotos por meio dos quais se estabelece a comunicação. Ela pode ser feita com papel cartão ou cartolina, em que são colados figuras pequenas, do mesmo material, e fotos que representem pessoas e coisas significativas, como os pais, os colegas da classe, o time de futebol, o abecedário e palavras-chave, como "sim", "não", "entrar", "sair", etc. Pata informar o que quer ou sente, o aluno aponta para as figuras e se comunica.

Site Idealizado por Ketilin Mayra Pedro, estudante do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia (Unesp-Bauru).

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